Aluguel residencial no Brasil registra alta de 13,5% em 2024; veja cidades mais caras
O preço do aluguel residencial no Brasil subiu 13,5% em 2024, de acordo com o Índice FipeZap, acumulando um aumento de 53,66% nos últimos três anos. Esse crescimento supera a inflação no mesmo período em 32,44%.
Apesar do aumento, a taxa de crescimento em 2024 representa uma desaceleração em relação aos anos anteriores, quando os aluguéis cresceram 16,55% em 2022 e 16,16% em 2023.
A economista Paula Reis, do DataZAP, atribui essa valorização aos efeitos da recomposição de preços pós-pandemia e ao desempenho positivo da economia brasileira, especialmente em relação ao emprego.
Com a taxa de desemprego em níveis recordes, a demanda por locações aumentou, impulsionando os preços. O mercado de trabalho aquecido tem sido um fator crucial para a alta nos aluguéis, que já se encontra em seu sétimo ano consecutivo de crescimento.
Entre as cidades monitoradas, Barueri (SP) se destaca como a mais cara para locação, com um preço médio de R$ 65,41/m². A capital paulista, São Paulo, ocupa a segunda posição, com aluguéis a R$ 57,59/m².
Outras cidades como Santos (SP) e Rio de Janeiro também apresentam valores acima da média nacional, enquanto Pelotas (RS) é a cidade mais barata, com aluguel médio de R$ 18,61/m².
O aumento médio dos aluguéis em 2024 foi de R$ 48,12/m², com os maiores preços sendo registrados para apartamentos de um dormitório (R$ 63,15/m²) e os menores para unidades com três dormitórios (R$ 41,50/m²).
A tendência, segundo especialistas, é que os preços continuem a subir em 2025, impulsionados por um mercado de venda restrito e pela alta da Selic, que encarece o crédito imobiliário.
Apesar da valorização dos aluguéis, a rentabilidade para investidores que optaram por imóveis como fonte de renda foi de apenas 6,01%, inferior ao retorno de aplicações financeiras que se tornaram mais atrativas no segundo semestre de 2024.
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Autor: Gabriel