Seguro de vida em 2025: o que vem por aí?
O mercado brasileiro de seguros de vida pode passar por uma transformação significativa em 2025 com a possível regulamentação de novos produtos, como o Universal Life.
A modalidade, já consolidada em países como os Estados Unidos, combina características de seguro de vida e previdência privada, oferecendo mais flexibilidade e personalização aos clientes, explica Carlos Eduardo Biagioni, head de soluções patrimoniais da Monte Bravo.
A expectativa do mercado é que o ‘seguro de vida universal’ seja um divisor de águas. “Toda vez que ouvi falar sobre o Universal Life, pensei: ‘Nossa, é tão bom que chega a ser difícil de acreditar’”, comenta o especialista em entrevista ao Tá Seguro, videocast do InfoMoney que descomplica o universo dos seguros. O programa já está disponível no YouTube e nas principais plataformas de podcast.
Expectativas
O Universal Life permite ao contratante escolher indexadores e fundos para alocar os recursos acumulados, sejam eles em renda fixa ou variável. “Se você é uma pessoa mais de risco, pode colocar em fundo de ações. Se prefere renda fixa, também é possível”, explica Biagioni.
Além disso, o produto oferece flexibilidade em relação aos pagamentos. O cliente pode pausar os aportes temporariamente e até resgatar valores acumulados, sem precisar passar por uma nova análise, como ocorre com outros modelos de seguro, explica o especialista.
Para que o Universal Life seja viabilizado no Brasil, a Susep (Superintendência de Seguros Privados), autarquia federal que regula o setor, preparou uma minuta e a passou por consulta pública – encerrada agora no início de janeiro – para regulamentar o produto. A próxima etapa será levar a versão final da proposta para debater com a Receita Federal questões relacionadas à tributação da modalidade para viabilizar a regulamentação.
Segundo a Susep, a iniciativa tem por objetivo substituir o normativo atual (Resolução CNSP nº 344), que é de 2016. A autarquia informa ainda que a revisão busca ampliar a flexibilidade na operação do produto e ajustar alguns aspectos técnicos à realidade do mercado nacional, além de buscar melhorar a organização do arcabouço regulatório.
Para Biagioni, é positivo o avanço para viabilizar a oferta da modalidade após discussão de mais de uma década. No entanto, ele alerta que a regulamentação precisa ser bem estruturada para evitar distorções. “Se o produto não for bem desenhado, pode acabar virando algo parecido com uma previdência com pecúlio, o que foge da proposta original”, observa.
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Autor: jamilleniero