Renda fixa, ações ou internacional? Saiba tudo o que é preciso para investir em 2025
O Onde Investir 2025 terminou na última quinta-feira (16), mas o InfoMoney compilou todas as recomendações de investimentos dos especialistas convidados para os paineis. Nomes como Fernando Ferreira, da XP, Andrew Reider, da WHG, Tiago Reis, da Suno e Marília Fontes, da Nord, falaram sobre os melhores ativos para otimizar a carteira e conseguir capturar bons ganhos no cenário desafiador do Brasil e do mundo.
A renda fixa continua sendo o principal destaque entre as opções brasileiras, com os títulos pós-fixados entre os favoritos dos analistas, visto a perspectiva de aumento de juros ao longo do ano. Porém, ações e fundos imobiliários também estão no radar dos especialistas, que afirmam ter opções “baratas” após a sangria dos índices Ibovespa e Ifix nos últimos meses.
Para o mercado internacional as perspectivas são otimistas em 2025, principalmente no que diz respeito aos ativos dos Estados Unidos. Mas há quem olhe também para outros mercados, como China e Reino Unido.
Leia aqui as principais recomendações do Onde Investir 2025:
Renda Fixa
2025 vai ser mais um ano positivo para a renda fixa brasileira, segundo os convidados do Onde Investir. Marília Fontes, sócia-fundadora da Nord Investimentos, acredita que os títulos pós-fixados são a melhor opção neste cenário em que se projeta mais aumentos de juros ao longo do ano.
Contudo, Fontes afirma que também há espaço para títulos prefixados e títulos de inflação. As taxas desses papéis se encontram muito próximas dos níveis de 2016, quando estavam na máxima histórica. Os títulos IPCA+ estão com um juro real de 7,5%, enquanto os prefixados estão em 15%.
“Do ponto de vista de alocação, alocar a carteira em 7,5% e 15%, é uma ótima. Se pensar no longo prazo para esses títulos, acho que vale a pena alocar sim”, diz Fontes.
Fundos listados
Na renda fixa também tem os títulos de crédito privado das firmas. Entretanto, para Tiago Reis, o crédito privado pode ser melhor aproveitado quando investido indiretamente por meio de fundos listados, como os Fundos Imobiliários e os Fiagros.
O fundador do Grupo Suno vê uma oportunidade muito grande nesses fundos listados que estão com os preços de suas cotas descontadas em relação ao valor patrimonial dos ativos. O cenário macroeconômico negativo para a renda variável prejudicou a negociação dos FIIs e Fiagros em Bolsa.
“As pessoas estão colocando uma volatilidade nos ativos, e um preço, que não deveria existir. Quem é mais esperto compra agora, na baixa, e vai vender na alta, com lucro, para quem vendeu agora e perdeu dinheiro”, diz Reis.
Os fundos a que o especialista se refere são os “fundos de papel”, que investem prioritariamente em certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRAs). “Tem várias carteiras de crédito (nos fundos listados) negociando com 30% de desconto. Tudo que está na Bolsa tem um preço muito menor do que no crédito privado”.
Ações
A perspectiva não é positiva para a Bolsa brasileira neste ano, mas Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP, acredita que em “momentos desafiadores” como este, é importante “manter a diversificação da carteira e estar investido em ativos de qualidade”.
O especialistas argumenta que as firmas estão bem, senão não estariam retornando tanto nível de caixa para os investidores. “O micro está bem, o desafio do Brasil é o cenário macro.” A XP aposta em ações defensivas e com exposição ao dólar, que deve ter um ano forte. Com isso, firmas de commodities se mostram boas opções, como Suzano (SUZB3), Gerdau (GGBR4) e PRIO (PRIO3).
firmas elétricas e de saneamento também são uma escolha pela proteção contra a inflação. Como elas repassam a inflação imediatamente, oferecem proteção para a carteira, além do pagamento de dividendos, segundo o estrategista. Bancos, com destaque para o Banco do Brasil (BBAS3), não devem ficar de fora.
Internacional
No cenário internacional, os Estados Unidos são quase uma unanimidade para os especialistas. A chegada de Donald Trump à Casa Branca acende alertas e traz muita incerteza, porém, alguns fatores são dados como certos e favorecem a tese de investimento no país.
Um desses fatores é o dólar mais forte. Por si só, isso é uma tese de investimento para ter posição em ativos dolarizados. Porém, esse fator também favorece o investimento em renda fixa no país, que continua com taxas atrativas. Marília Fontes afirma que dólar mais 7%, que é um nível de juros possível de conseguir no crédito privado das firmas americanas, é um ótimo retorno.
Já nas ações, os setores mais cíclicos e domésticos são as apostas dos analistas. A promessa de medidas protecionistas e voltadas para desregulamentação e revogação de impostos são vistas como positivas para indústrias, bancos, energia e utilidades públicas.
“A questão é, se a economia está bem, se a chegada do Trump ajuda o empresário a investir mais na economia doméstica, de repente é a hora de comprar as firmas mais cíclicas locais. Com a correção do S&P, é um ponto de entrada bom. Para smalll caps também”, diz Andrew Reider, da WHG.
Criptomoedas
Bitcoin (BTC) foi um dos destaques de 2024 e deverá continuar forte em 2025. Para David Duong, head global de research da Coinbase, há alguns gatilhos previstos para este ano que mantém o otimismo em relação à criptomoeda.
A reserva estratégica por países é um desses gatilhos. Durante a campanha eleitoral de 2024, o presidente eleito Donald Trump ventilou a possibilidade. Brasil, Chile, Alemanha e Rússia também cogitam a possibilidade. Além disso, firmas já tem feito reservas em bitcoin. A MicroStrategy, que compra Bitcoin desde 2020, teve uma forte valorização no ano passado por ser uma das maiores detentoras da moeda digital no mundo.
Embora estejam passando por várias realizações de lucros nas últimas semanas, os ETFs de Bitcoin também são vistos como impulsionadores por Duong. A adoção, principalmente pelos investidores institucionais, deve se manter neste ano.
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Autor: Monique Lima