Lula deve dar ministério a Gleisi em arranjo para angariar apoio visando 2026


A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, deve integrar o primeiro escalão do governo Lula na reforma ministerial prevista para ocorrer até março. Segundo o Estadão, o ministério escolhido para a deputada é a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente comandada por Márcio Macêdo.
A mudança exigirá um ajuste interno no PT, que terá um presidente interino até julho, quando ocorrem as eleições internas da sigla. Dois nomes estão cotados para assumir a função no período: José Guimarães (CE), atual líder do governo na Câmara, e o senador Humberto Costa (PE), que deve ocupar a segunda vice-presidência do Senado. A escolha passará pelo aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além da movimentação no partido, a entrada de Gleisi no governo reflete a necessidade do Planalto de reforçar a interlocução com movimentos sociais. Pesquisa Quaest divulgada nesta semana mostrou queda na popularidade de Lula, inclusive entre eleitores de baixa renda e do Nordeste, tradicional base do PT.
A transição na presidência do PT também abre caminho para um novo nome no comando do partido. Lula quer que o ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro Edinho Silva assuma a função após as eleições internas, aproximando a legenda do centro político. O movimento fortaleceria a influência de Fernando Haddad e poderia consolidá-lo como herdeiro político de Lula para 2026, caso o presidente não dispute a reeleição.
Embora o PT tenha 11 ministérios, a sigla pode perder espaço na Esplanada para o Centrão. A saída de Cida Gonçalves (Mulheres) é dada como certa. Também há interesse do PSD no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), mas Lula tende a manter a pasta sob comando petista, com Wellington Dias no cargo.
Segundo o jornal Valor Econômico, Gleisi estava cotada inicialmente para assumir o MDS, mas Lula resiste a essa ideia por considerar a pasta “estratégica” para a reeleição. O presidente pretende usar a reforma ministerial para reforçar alianças com partidos do centro e da centro-direita, mirando estabilidade para o restante do mandato e para a eleição de 2026.
A nomeação de Gleisi faz parte de um ajuste político maior, que inclui a troca no comando da Secretaria de Comunicação Social – onde Sidônio Palmeira substituiu Paulo Pimenta – e pode envolver mais mudanças após as eleições para o Congresso no sábado (1º).
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Autor: Paulo Barros