Quem se beneficia com a proposta de saída da Cielo (CIEL3) da Bolsa? BTG avalia
A proposta de deslistagem da Cielo (CIEL3) faz muito sentido para os controladores Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), especialmente para o Bradesco, avalia o BTG Pactual (BPAC11) em relatório. Isso porque o principal concorrente do Bradesco, o Itaú (ITUB4), integrou seu braço adquirente, a Rede, em sua recém-criada vertical voltada a pequenos e médios negócios (PMEs), diz o banco.
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Os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel também citam que o novo CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, é ex-presidente da Cielo. Ele deve discutir o novo plano estratégico com o mercado na próxima quarta-feira (7), durante a teleconferência de resultados do banco, esperam os analistas.
O BTG menciona ainda que a oferta combinada para o fechamento de capital da Cielo foi estimada em R$ 5,35 por ação, cerca de 6% acima do preço no fechamento da última segunda-feira (5). O prêmio “pequeno” e o valuation (valor do ativo, cálculo em que é possível estimar o preço mais provável do ativo ou empresa em dado momento) pouco exigente são colocados como pontos de atenção. “Quando o Itaú deslistou a Rede em 2012, o preço também não proporcionava muita vantagem. Mesmo assim, a diferença era de cerca de 15%, ainda melhor que a de hoje”, escrevem Rosman, Paura e Buchpiguel em relatório.
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A recomendação é de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 5,50, potencial valorização de 9,3% sobre o fechamento da véspera.