O Ibovespa fechou na última semana com valorização de 3,01%, encerrando o mês de janeiro em alta de 4,86% e consolidando um fechamento positivo após quatro meses consecutivos de baixa. O índice atingiu a mínima semanal em 122.206 pontos e máxima em 127.531 pontos, encerrando o período aos 126.134 pontos. Desde a mínima registrada em 2025, nos 118.222 pontos, o mercado tem demonstrado força compradora, mostrando potencial para a continuidade do movimento de alta.
Análise técnica e perspectivas
No gráfico semanal, o índice completou quatro semanas seguidas de valorização, reforçando força no movimento altista. Durante a última semana, rompeu a média de 9 períodos e atingiu a média de 21 períodos, chegando a superá-la temporariamente, mas fechando abaixo. Esse comportamento torna a próxima semana relevante: a superação da média pode abrir caminho para os 130.000 pontos, enquanto um retorno pode sinalizar um movimento corretivo, após a sequência de ganhos.
Já no gráfico diário, o Ibovespa encontrou resistência na média de 200 períodos, situada nos 127.430 pontos. Há uma confluência de médias importantes nesse patamar: a média de 9 períodos no gráfico mensal (126.200 pontos), a média de 21 períodos no semanal (126.700 pontos) e a média de 200 períodos no diário (127.430 pontos). Isso cria uma forte barreira técnica que precisa ser superada para dar continuidade ao movimento de alta. Além disso, o candle deixado na última sessão sugere possível correção no curto prazo.
No gráfico de 60 minutos, a estrutura segue de alta, com topos e fundos ascendentes desde a mínima de 118.222 pontos. No entanto, a última sessão registou um movimento corretivo, trazendo o índice para a região das médias móveis. A visão ainda é positiva, mas um recuo mais intenso pode ocorrer antes da retomada do fluxo comprador.
Cenários técnicos
- Alta: Para avançar, o Ibovespa precisa romper a resistência entre 126.570 e 127.530 pontos. Caso isso ocorra, os próximos alvos estão entre 128.000 e 128.500 pontos, com projeção mais longa na faixa de 129.000 a 129.515 pontos.
- Baixa: Um movimento de correção pode levar o índice a testar o suporte entre 125.900 e 125.300 pontos. A perda desse nível pode intensificar a pressão vendedora, levando o mercado para regiões mais baixas, com suporte em 124.875 e 124.000 pontos, e um alvo mais distante entre 123.280 e 123.000 pontos.
Minicontratos
Os contratos do mini-índice (WING25), com vencimento em fevereiro, encerraram a última sessão em queda de 0,55%, aos 126.750 pontos. O movimento sinaliza uma correção após o forte fluxo de alta das sessões anteriores. Com isso, os suportes estão em 126.565/126.300 (1), 125.920/125.655 (2) e 125.430/125.060 (3). Já as resistências se encontram em 126.785/127.130 (1), 127.800/128.000 (2) e 128.270/128.630 (3).
Para esta segunda-feira (3), a atenção se volta para a continuidade da correção. Embora o caminho de curto prazo ainda seja altista, a alta recente pode gerar um ajuste antes das novas altas. O ativo opera abaixo das médias móveis no gráfico de 15 minutos, o que aumenta a chance de continuidade da queda caso os suportes sejam rompidos. Caso o fluxo comprador retorne, será necessário superar a resistência imediata em 126.785/127.130 pontos para recuperar força.
Os contratos de minidólar (WDOH25), com vencimento em março, encerraram a última sessão com queda de 0,59%, cotados a 5.872,5 pontos. No cenário técnico, os suportes imediatos estão em 5.870/5.864 (1), 5.845/5.830 (2) e 5.816/5.800 (3), enquanto as resistências se posicionam em 5.879/5.912 (1), 5.930/5.950 (2) e 5.962/5.978 (3).
O ativo retomou o movimento de baixa após corrigir parte das quedas na última quinta-feira (30). Mesmo com a baixa, o minidólar fechou acima das médias móveis no gráfico de 15 minutos, o que pode indicar algum espaço para correção técnica no curto prazo. No entanto, a tendência de baixa ainda prevalece. O suporte em 5.870/5.864 será importante para definir se a pressão vendedora continuará ou haverá uma tentativa de recuperação rumo à resistência em 5.879 pontos.
Suporte e resistência
Confira, agora, os principais pontos de suporte e resistência para os minicontratos de dólar e de índice para esta segunda-feira (3).
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Autor: Rodrigo Paz
