Sem pegadinha: Tesouro RendA+ pode transformar R$ 40 mil em R$ 1,2 milhão; veja como


Criado há dois anos como uma forma de complementar a aposentadoria dos brasileiros, o Tesouro RendA+ paga atualmente um retorno que pode ser classificado como estratosférico. Em um momento em que os juros reais (descontada a inflação) estão um patamar recorde, o título é considerado um dos melhores investimentos do Brasil.
Para se ter uma ideia, se um investidor de 25 anos aplicar R$ 40.993 hoje no RendA+ 2065, que é o título mais longo do Tesouro Direto, receberá R$ 5 mil por mês a valores de hoje ao longo de 20 anos a partir do vencimento – o cálculo foi feito com base no retorno indicado na tarde esta terça-feira, de IPCA mais 7,23%. Em duas décadas, mesmo sem realizar nenhum aporte adicional, terá recebido R$ 1,2 milhão, um retorno impressionante de 2.827% pelo investimento.
Mas não são apenas os mais novos que conseguem aproveitar a rentabilidade do papel.
Outro exemplo: se você tem 45 anos, e portanto menos tempo para esperar o seu investimento render até a aposentadoria, pode aplicar R$ 163.381 no RendA+ 2045 e, após duas décadas, receber o mesmo R$ 1,2 milhão ao longo de 20 anos pagos em parcelas de R$ 5.000, um rendimento nada desprezível de 634%.
“O momento é muito propício para o RendA+ porque a taxa de juros real está em um patamar historicamente muito alto”, afirma Tiago Ranalli, sócio da CX3 Investimentos. “Se você quer se aposentar em 20 anos, e sabe que receberá 7% mais a inflação, é um retorno excelente”.
Veja abaixo algumas simulações feitas pelo InfoMoney com base na calculadora do Tesouro Direto.
Título | Taxa* | Valor das parcelas | Aplicação | Valor pago em 20 anos | Retorno |
RendA+ 2035 | IPCA + 7,35% | R$ 3.000 | R$ 193.377 | R$ 720.000 | 272% |
RendA+ 2035 | IPCA + 7,35% | R$ 5.000 | R$ 322.284 | R$ 1.200.000 | 272% |
RendA+2045 | IPCA + 7,25% | R$ 3.000 | R$ 98.032 | R$ 720.000 | 634% |
RendA+2045 | IPCA + 7,25% | R$ 5.000 | R$ 163.381 | R$ 1.200.000 | 634% |
RendA+2065 | IPCA + 7,23% | R$ 3.000 | R$ 24.597 | R$ 720.000 | 2.827% |
RendA+2065 | IPCA + 7,23% | R$ 5.000 | R$ 40.993 | R$ 1.200.000 | 2.827% |
RendA+ simplifica aposentadoria
Na avaliação de especialistas, os títulos, por estipularem exatamente quanto e quando o investidor irá ganhar lá na frente, trazem previsibilidade e disciplina para quem busca uma aposentadoria complementar.
Para além do retorno oferecido hoje, o título simplifica o planejamento da previdência, determinando um período de acumulação de recursos durante o qual o investidor não recebe juros. Após esse período, ele tem acesso a um rendimento mensal, que é estipulado no momento da aplicação.
“É um programa que permite que as pessoas consigam planejar sua própria previdência”, avalia Julio Ortiz, sócio-fundador da CX3. “O fato de as pessoas receberem o dinheiro em parcelas é o ideal, porque a maioria das pessoas não tem disciplina. E claro, como qualquer papel público, você tem uma ótima garantia, que é o Tesouro Nacional”.
Quais as regras para investir no RendA+?
Mas como investir no RendA+? O Tesouro Direto oferece oito datas de vencimento possíveis para o papel, todos atrelados ao IPCA: 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065. Independentemente do prazo que escolher, o valor será devolvido ao investidor em 240 parcelas mensais consecutivas a partir do vencimento – ou 20 anos.
Para identificar o melhor título, o investidor deve acessar a página de simulação do Tesouro Direto e informar quantos anos tem, com que idade quer se aposentar, o dinheiro que tem para investir hoje, os aportes mensais que irá fazer e quanto pretende receber de renda mensal na aposentadoria.
O simulador então indicará o título mais adequado e quantos títulos é necessário comprar para alcançar o objetivo.
Se o investidor precisar, é possível resgatar o RendA+ antes do vencimento, depois de 60 dias do início da aplicação – lembrando que, nesse caso, estará sujeito à marcação a mercado, o que poderá alterar o seu rendimento.
Ranalli, da CX3, lembra que o investidor deve estar preparado para ver o valor do seu título variando muito ao longo de décadas. “O investidor tem que estar ciente que pode ver seu dinheiro oscilando. É necessário aplicar com a cabeça de levar o investimento para a aposentadoria.”
Qual a diferença do RendA+ e dos outros títulos do Tesouro?
Assim como na previdência privada, o RendA+ prevê um período de acumulação e outro de conversão – no primeiro, acontece a formação da poupança para o futuro, e no segundo o recebimento do montante mais os juros. O valor vai sendo corrigido mensalmente pela inflação até a data final, para preservar o poder de compra do investidor.
Além disso, a B3 não cobra a tradicional taxa de custódia semestral para quem tem renda mensal de até seis salários mínimos e levar o papel até o vencimento.
Em caso de resgate antecipado, é cobrada taxa de 0,50% ao ano sobre o montante total (principal mais juros). Entre dez e 20 anos, a taxa cai para 0,20% ao ano; e acima de 20 anos, a cobrança é de 0,10% ao ano.
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Autor: maeliprado