Garman: O que está em jogo para o Brasil é menor do que para outros países

O diretor-executivo da Eurasia Group, Christopher Garman, analisou a posição do Brasil frente às tarifas impostas pelos Estados Unidos durante participação no programa WW.
Segundo o especialista, o governo brasileiro enfrenta desafios significativos nas negociações comerciais com a administração Trump.
Garman destacou que o Brasil possui opções limitadas para retaliar: “Infelizmente, não sei se o Brasil tem muitas cartas”.
Ele mencionou a possibilidade de o país adotar medidas semelhantes às utilizadas no caso do algodão, quando o Brasil foi autorizado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) a retaliar.
Estratégia do governo brasileiro
O especialista sugere que a estratégia do governo brasileiro não se baseia necessariamente em retaliações diretas. Em vez disso, o foco estaria em negociar exceções para produtos específicos, como o aço produzido no Brasil utilizado como insumo por firmas americanas.
Contudo, Garman alerta para a complexidade do cenário: “Não é só esperar cinco meses para negociar algo do aço, vêm outras medidas contra o Brasil em abril”.
Isso significa que o governo brasileiro terá que lidar não apenas com as tarifas sobre aço e alumínio, mas também responder a novas medidas que podem ser implementadas.
Impacto comparativo
Apesar dos desafios, Garman oferece uma perspectiva comparativa: “Em comparação com o México e o Canadá, o impacto para a economia brasileira é muito menor“. Ele ressalta que apenas 14% das exportações totais do Brasil têm como destino os EUA.
“O que está em jogo para a economia brasileira é menor do que outros países“, concluiu, sugerindo que, embora a situação seja delicada, o Brasil pode estar em uma posição relativamente menos vulnerável do que alguns de seus parceiros comerciais.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Garman: O que está em jogo para o Brasil é menor do que para outros países no site CNN Brasil.
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Autor: afonsobenites