ETF brasileiro EWZ cai mais de 4%; ativos de Petrobras e Vale têm baixa superior a 5%


O dia de derrocada dos principais mercados globais, com o Nikkei chegando a acionar circuit-breaker, o que também traz prenúncios de um começo de semana bastante negativo para o mercado brasileiro.
O EWZ, iShares MSCI Brazil, ETF (fundo de índice) que representa os ADRs (recibo das ações de firmas listadas na bolsa de NY) brasileiros caíam 4,65% no pré-market da Bolsa de Nova York, a US$ 23,36 às 6h25 (horário de Brasília) da sessão desta segunda-feira (7).
A sessão desta segunda-feira é de fortes perdas no pré-mercado dos Estados Unidos, assim como nos demais mercados globais, com os investidores buscando ativos de segurança diante do agravamento das consequências das tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
No fim de semana, os investidores se frustraram com a ausência de sinais de que o governo Trump estaria avançando em negociações para reduzir tarifas com outros países — ou, ao menos, considerando adiar o pacote de tarifas recíprocas previsto para entrar em vigor em 9 de abril.
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O petróleo também tem uma sessão de forte queda, de cerca de 4%, com o contrato futuro do WTI de vencimento mais próximo abaixo de US$ 60 o barril, com baixa de 4,31% (US$ 59,32), enquanto brent tem baixa de 4%, na casa dos US$ 63.
Com isso, os ADRs PBR, equivalentes aos ativos ordinários da Petrobras (PETR3), caíam 6,85%, a US$ 12,23.
Já os ADRs da mineradora Vale (VALE3) caíam 5,18%, a US$ 8,61, com o minério de ferro negociado na Bolsa de Dalian caindo 3,29%, a 720 iuanes.
Desempenho das bolsas asiáticas
As bolsas asiáticas desabaram nesta segunda-feira, com a de Hong Kong sofrendo a maior queda em um único pregão desde 1997, em meio a temores de que a guerra comercial deflagrada pelo tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, desencadeie uma recessão global.
Liderando as perdas na Ásia, o índice Hang Seng despencou 13,22% em Hong Kong, a 19.828,30 pontos, no maior tombo diário desde a crise financeira asiática de 1997, enquanto o Taiex caiu 9,70% em Taiwan, a 19.232,35 pontos. Na China continental, o Xangai Composto fechou em baixa de 7,34% hoje, a 3.096,58 pontos, amargando a maior queda em um único pregão desde fevereiro de 2020, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 10 79%, a 1.777,37 pontos.
Na sexta-feira (04), quando os mercados da China, de Hong Kong e de Taiwan não operaram devido a um feriado, Pequim anunciou tarifas de 34% a importações dos EUA, respondendo na mesma proporção ao tarifaço revelado pelo governo Trump dois dias antes.
O governo chinês está preparando “esforços extraordinários” para compensar os efeitos das tarifas de Washington, e o PBoC – banco central do país – poderá cortar taxas de juros a qualquer momento, se necessário, segundo o Diário do Povo, principal jornal do Partido Comunista da China.
O Ministério do Comércio chinês, por sua vez, disse que conduziu uma reunião com executivos de firmas dos EUA, incluindo Tesla, GE Healthcare e Medtronic, neste domingo (06), e que seguirá dando apoio para companhias estrangeiras, mesmo as americanas.
Em outras partes da Ásia, as perdas hoje foram igualmente drásticas. O japonês Nikkei recuou 7,83% em Tóquio, a 31.136,58 pontos, e o sul-coreano Kospi teve queda de 5,57% em Seul, a 2.328,20 pontos, com ambos os índices atingindo os menores níveis desde outubro de 2023.
Na Oceania, a bolsa australiana teve seu pior dia desde março de 2020, com queda de 4,23% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.343,00 pontos.
(com Estadão Conteúdo)
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Autor: Lara Rizério