Celular Seguro agora oferece ‘Bloqueio Total’ e ‘Modo Recuperação’; veja diferenças


O programa Celular Seguro, iniciativa que visa o combate ao roubo e furto de celulares no país, passou a permitir uma nova ação nesta terça-feira (8): o envio de notificações aos celulares subtraídos que estiverem no Modo Recuperação.
Agora, o “novo proprietário” de um dispositivo que foi subtraído anteriormente receberá uma notificação alertando-o de que o celular em questão se trata de um aparelho roubado e solicitando que o leve à delegacia mais próxima para esclarecimentos.
As mensagens serão encaminhadas via WhatsApp pelos números 2025-3003 ou 2025-3000 (perfis verificados do Ministério da Justiça e Segurança Pública) assim que um novo chip for instalado nos aparelhos com restrição.
Após receber a mensagem, que informará a existência do alerta de bloqueio, o cidadão deverá acessar o site www.gov.br/celularseguro para ter as orientações necessárias. Em seguida, será preciso comparecer a uma delegacia de Polícia Civil para regularizar a situação. Se a pessoa que estiver com o celular não apresentar a nota fiscal nem comprovar que foi ela quem emitiu o alerta, terá que devolver o aparelho.
Leia mais: Celular Seguro: celular roubado receberá mensagem de alerta; saiba como instalar
A novidade consiste na segunda fase da opção Modo Recuperação, liberada ainda em dezembro de 2024. A alternativa permite o bloqueio da linha telefônica e das contas vinculadas às instituições parceiras, sem desativar o IMEI do aparelho, que é o número único que identifica o dispositivo na rede de telefonia móvel.
O recurso é especialmente útil em casos de perda ou extravio, quando existe uma possibilidade real de o dono encontrar o aparelho posteriormente. Na prática, caso o celular que esteja no Modo Recuperação seja recuperado, poderá voltar a ser utilizado imediatamente após a instalação de um novo chip.
A novidade agora é que, se este celular estiver em posse de outra pessoa, ela receberá uma notificação alertando que o aparelho já tem dono.
Já a outra alternativa oferecida pelo Celular Seguro é o Bloqueio Total, disponível desde o início do programa e muito mais rigorosa. Ela serve para impedir o uso de um celular roubado ou furtado. Quando acionado, o Bloqueio Total desativa completamente a linha telefônica, as contas vinculadas às instituições parceiras e o IMEI do aparelho.
Com o IMEI bloqueado, o celular não pode mais se conectar a qualquer rede de telecomunicação, tornando-se inutilizável mesmo com a troca do chip. Esse tipo de restrição tem o objetivo de desencorajar roubos e furtos, já que o aparelho perde totalmente seu valor de revenda no mercado clandestino.
Contudo, esse bloqueio rígido também tem um efeito colateral: caso a vítima recupere o celular, ela não poderá simplesmente reinstalar um chip e voltar a utilizá-lo, precisando passar por um processo mais burocrático para reverter a restrição.
Qual opção escolher?
Segundo o Ministério da Justiça, que é responsável pelo Celular Seguro, a escolha entre Bloqueio Total e Modo Recuperação depende da situação específica enfrentada pelo cidadão.
Quando não há interesse em recuperar o aparelho por parte do proprietário, o Bloqueio Total é a opção mais segura, pois impede completamente qualquer tentativa de reutilização. Caso contrário, o Modo Recuperação pode ser uma alternativa mais conveniente, permitindo que o aparelho volte a funcionar ao ser encontrado.
Para o secretário-executivo do MJSP, Manoel Carlos de Almeida Neto, seja qual for a escolha, o mais importante é que os usuários estejam cientes das ferramentas disponíveis e saibam como utilizá-las corretamente.
“Para garantir maior proteção, recomenda-se a inclusão de pessoas de confiança, que podem auxiliar no bloqueio em caso de emergência”, afirma.
Para ele, “com a popularização do Celular Seguro, espera-se que o impacto dos roubos e furtos seja reduzido, desestimulando o crime e oferecendo maior tranquilidade aos brasileiros, principalmente em eventos de grande aglomeração, como o Carnaval”.
Como saber se o celular que eu comprei é roubado?
Já disponível no Celular Seguro, o Cadastro Nacional de Celulares com Restrição pode ser utilizado por qualquer usuário para consultar se o telefone móvel que está comprando possui registro de roubo, furto ou extravio, auxiliando na decisão de compra.
O sistema é composto pelas bases de dados do Celular Seguro, com cerca de 2,6 milhões de cadastros, e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com 16 milhões, além dos boletins de ocorrência dos estados.
O Cadastro Nacional de Celulares com Restrição fica dentro do aplicativo Celular Seguro. Para verificar se um telefone móvel tem algum tipo de restrição, é preciso escolher a opção “Celulares com Restrição” na tela inicial.
Ao clicar, o usuário pode digitar o IMEI com 15 números ou clicar em “Ler Código de Barras”. Ao escolher essa última opção, a câmera do telefone abrirá automaticamente.
No outro telefone, aquele com o IMEI consultado, o cidadão deve digitar no teclado numérico (como se fosse fazer uma ligação) o seguinte código: *#06#.
Em seguida, aparecerá na tela o número do IMEI do telefone, com um código de barras. Basta apontar a câmera do primeiro telefone para a tela deste outro que está sendo adquirido para conferir. S
e não houver nenhuma restrição, a informação aparecerá na tela, e o aparelho poderá ser comprado sem problemas.
Lembre-se de que aparelhos com mais de um chip têm mais de um IMEI. É necessário consultar todos os IMEIs do aparelho que está sendo adquirido.
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Autor: marialuizadourado