Criptomoeda ligada a banco japonês desaba 90% e levanta suspeitas de manipulação


O projeto de criptomoedas Mantra, investido pela Laser Digital, firma do mesmo grupo do banco japonês Nomura, viu seu token perder 90% do valor em poucas horas entre a noite de domingo (13) e a manhã desta segunda-feira (14), e deixou investidores em alerta para uma possível manipulação de mercado.
A firma responsável afirmou que a desvalorização do token OM foi causada por liquidações forçadas — quando corretoras encerram automaticamente posições de clientes para cobrir perdas. Segundo a equipe, o projeto continua sólido e a causa da queda não tem relação com falhas internas. “A atividade de hoje foi provocada por liquidações imprudentes”, escreveu a firma em sua conta na rede social X.
O cofundador da Mantra, John Patrick Mullin, reforçou que a origem do problema estaria em corretoras que encerraram posições sem aviso prévio. “A profundidade e o timing do crash sugerem fechamento repentino de posições”, afirmou.
A situação gerou mais desconfiança depois que dados públicos mostraram movimentações de centenas de milhões de reais em tokens para corretoras, pouco antes do colapso. A firma de análise Lookonchain apontou que carteiras associadas a grandes investidores da Mantra, como a Laser Digital, transferiram grandes quantias para corretoras dias antes da queda. A Laser negou qualquer envolvimento e afirmou que os endereços não pertencem à firma.
Outro investidor citado foi Shane Shin, da Shorooq Partners, que também negou ter vendido seus ativos. “Nenhum token foi vendido. A comunidade pode verificar a carteira e todas as suas transações”, escreveu na rede X.
Mullin, CEO da Mantra, afirmou que as carteiras que venderam os tokens foram rotuladas de forma incorreta pelas plataformas de análise. “Sabemos que não pertencem aos nossos parceiros institucionais”, disse.
As corretoras envolvidas, Binance e OKX, também se manifestaram. A Binance afirmou que a queda foi causada por liquidações feitas de forma cruzada entre diferentes plataformas. Já o fundador da OKX classificou o episódio como “um grande escândalo” para o setor de criptomoedas.
O projeto Mantra ganhou notoriedade no mercado após firmar uma parceria com o grupo DAMAC, dos Emirados Árabes, para digitalizar US$ 1 bilhão em ativos. Em 2024, o token do projeto teve uma valorização de mais de 400%.
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Autor: Paulo Barros