Com foco no crédito estruturado, gestora aposta no ‘second tier’ para ter menor risco


A estratégia de investimento em crédito estruturado adotada pela Valora Investimentos se distancia dos grandes nomes e aposta na sofisticação para reduzir o risco binário. “Nós não somos os players das pontas do mercado”, afirma o gestor Daniel Pegorini. “Nosso mainstream operacional está entre CDI + 3 e CDI + 6, com duration entre dois anos e meio e até cinco anos, dependendo da classe de ativos.” A abordagem mira, sobretudo, operações com garantias reais ou estruturas como recebíveis e securitizações — o que ele chama de “tecnologia cebola”, com várias camadas de proteção.
As declarações foram dadas durante sua participação no programa Outliers, da InfoMoney, em uma conversa que abordou os fundamentos da atuação da gestora no mercado de crédito. Pegorini explicou que, por não atuarem com os nomes mais tradicionais ou seguros do mercado — como Sirela ou Raízen —, encontram taxas de remuneração mais atraentes no second tier, onde “é praticamente impossível perder 100% da operação” quando bem estruturada.
Mitigar perdas
“Nós não somos doadores de capital do first tier. Estamos no second tier porque é onde encontramos esse tipo de remuneração”, disse. Para ele, o grande diferencial do crédito estruturado está justamente na possibilidade de mitigar perdas absolutas por meio da estruturação. “O objetivo da securitização é tirar o aspecto binário do crédito. Quando você empresta direto para uma companhia, ou ela paga ou ela não paga. No estruturado, há uma faixa de retornos possíveis.”
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Ele também destacou a necessidade de conhecimento técnico em setores como agro, infraestrutura e mercado imobiliário. “Tem um monte de gente que acha que sabe fazer imobiliário e não sabe. Modéstia à parte, acho que a gente sabe. E no agro, demos sorte e conseguimos montar um time com conhecimento absurdo”, disse.
O CEO lembrou ainda da crise enfrentada pelo setor agro, especialmente no último ano, e disse que a transparência e a proatividade foram essenciais. “A gente levantou a mão e disse: tivemos problema. E resolvemos. Porque era um ativo estruturado”, destacou.
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Autor: osniralves