O partido Chega se consolidou como a segunda maior bancada no Parlamento português, conquistando 60 assentos após a contagem final dos votos dos eleitores no exterior. Esse resultado o coloca à frente do tradicional Partido Socialista (PS), que obteve 58 cadeiras, marcando uma mudança histórica no cenário político de Portugal.
A votação, ocorrida em 18 de março, refletiu o avanço da direita no país, uma tendência observada em outras partes da Europa. O Chega foi o partido mais votado entre os portugueses residentes fora do país, com 26,15% dos votos no exterior, incluindo a liderança no Brasil.
Fundado há apenas seis anos, o Chega rompe com o domínio bipartidário que existia desde 1974. O partido defende pautas como combate à imigração, penas mais severas para crimes e críticas à elite política, mantendo alianças com grupos de direita europeus.
Apesar do crescimento do Chega, o bloco de centro-direita liderado por Luís Montenegro obteve a maior bancada, com 91 assentos, mas sem maioria absoluta para governar sozinho. Montenegro já afirmou que não formará coalizão com o Chega, indicando um governo minoritário. O cenário aponta para um Parlamento mais fragmentado e desafios para a formação de governos estáveis em Portugal.
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Autor: Gabriel
