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Veja os fundos de investimentos que os ‘super-ricos’ mais investem

Os investidores super-ricos têm ignorado o rali da bolsa de valores e destinado a maior parte das suas alocações em estratégias conservadoras que possam se beneficiar do ciclo de alta de juros no País. Dados da plataforma ComDinheiro-Nelogica, enviados ao E-Investidor, mostram que os fundos exclusivos, produtos destinados aos investidores de grandes fortunas, possuem maior exposição a fundos com portfólios formados majoritariamente por títulos do Tesouro Direto, considerados investimentos de menor risco do mercado.

As cotas do Itaú Vértice Renda Fixa, gerido pela asset do banco Itaú, lideraram o ranking dos fundos preferidos pelo grupo de alta renda. Sozinho, esse produto é responsável pela rentabilidade de R$ 4,27 bilhões de 666 fundos exclusivos de investimento.

O portfólio é composto exclusivamente pelas cotas dos fundos Special Renda Fixa Referenciado DI e Itaú Wealth Master Renda Fixa, que investem maior parte dos seus recursos em títulos do Tesouro IPCA+, prefixados e pós-fixados em diferentes datas de vencimento, segundo dados da plataforma Mais Retorno. Debêntures e títulos de crédito privado também integram a carteira, mas com um nível de exposição menor.

Logo depois, aparecem as cotas do BTG Pactual Tesouro Selic e do Santander CashBack Fundo de Investimento Renda Fixa, respectivamente, com o segundo e terceiro maior número de fundos exclusivos posicionados em sua estratégia. A dupla ficou responsável por R$ 4,9 bilhões dos super-ricos. E assim como o do Itaú, esses produtos buscam acompanhar o movimento da taxa de juros e estão mais expostos a títulos públicos ou operações compromissadas (tipo de empréstimos que possuem títulos de renda fixa como garantia).

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Filipe Ferreira, diretor da Nelogica e responsável pela plataforma ComDinheiro, associa essa preferência ao atual momento que o mercado brasileiro se encontra. Com juros na casa dos dois dígitos, o investidor não precisa assumir riscos na bolsa de valores, por exemplo, para alcançar retornos elevados. “Com a Selic a 14,75% ao ano, os investidores preferem deixar o dinheiro parado porque ele está sendo muito bem remunerado ao deixar o dinheiro em caixa”, diz  Ferreira. E a tendência é que não haja uma mudança de rota de investimento. Mesmo com a expectativa para o fim do ciclo de aperto monetário, os juros no Brasil devem permanecer em patamares elevados por mais tempo.

As projeções recentes do Boletim Focus estimam que os membros do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), devem manter inalterada a Selic a 14,75% ao ano até o fim de 2025. Já os primeiros cortes podem ocorrer ao longo de 2026, mas com magnitudes ainda modestas, impedindo que a taxa fique abaixo dos dois dígitos.

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Autor: Daniel Rocha

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