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BHIA3: Conselho vota plano para transformar estrutura de capital; o que está em jogo

BHIA3: Conselho vota plano para transformar estrutura de capital; o que está em jogo

Com foco na redução do endividamento, o Conselho de Administração do Grupo Casas Bahia (BHIA3) vai deliberar nesta quinta-feira (12) sobre a antecipação da conversão da 2ª série de debêntures da 10ª emissão em ações ordinárias da varejista, ou o denominado plano de “transformação da estrutura de capital”. Vale lembrar que os papéis da companhia dispararam no dia do anúncio.

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O preço por nova ação, em caso de conversão das debêntures da 2ª série, será equivalente ao preço médio ponderado por volume (VWAP) das ações nos últimos 90 dias de negociação anteriores à data efetiva de conversão, multiplicado por 80%.

Se a troca da dívida por ações acontecer, a alavancagem da firma pode cair para menos de 1,0 vez até o fim de 2026, o que permitiria sair do prejuízo em 2027 e começar a gerar caixa em 2028.

A companhia também planeja o reperfilamento das debêntures da 1ª série, no valor de R$ 1,67 bilhão. A proposta inclui o adiamento do primeiro pagamento de juros, que passaria de novembro de 2026 para novembro de 2027, além da reformulação do cronograma de amortização do principal.

Na ocasião, a XP Investimentos considerou o anúncio um passo positivo no processo de reestruturação da Casas Bahia, destacando que a medida deve contribuir significativamente para a redução da alavancagem e, por consequência, do endividamento da companhia. Com isso, a varejista estaria melhor posicionada para converter eventuais ajustes operacionais em lucro líquido positivo e geração de caixa.

A Genial Investimentos também classificou o movimento como positivo. A corretora comenta que a conversão pode contribuir para a reprecificação do risco de crédito e para o alívio da estrutura de capital da Casas Bahia, ao reduzir substancialmente a dívida líquida da companhia.

A operação, porém, não está isenta de consequências para os atuais acionistas. A Genial disse que a diluição prevista pode chegar a 82%, o que ameaça a influência da família Klein, que detém cerca de 22% das ações e não participou da emissão das debêntures. 

Expectativas

A expectativa é de que a conversão integral tenha impacto positivo na estrutura de capital da firma. A dívida bruta, que atualmente soma R$ 5,84 bilhões, cairia para R$ 4,27 bilhões, com a exclusão do saldo da 2ª série (R$ 1,57 bilhão). A dívida líquida, considerando fornecedores de convênio e saldo de CDCI, recuaria de R$ 3,37 bilhões para R$ 1,81 bilhão. Já o patrimônio líquido aumentaria de R$ 2,09 bilhões para R$ 3,66 bilhões.

Com isso, o índice de alavancagem (dívida líquida sobre o total do capital, considerando patrimônio e dívida líquida) cairia de 61,8% para 33,1%, enquanto a relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado dos últimos 12 meses recuaria de 1,6 vez para 0,8 vez.

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Autor: Felipe Moreira

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