O governo de Israel acusou o Irã de cruzar uma “linha vermelha” ao lançar um ataque contra as proximidades do Centro Médico Soroka, um dos maiores hospitais do país, localizado em Beer Sheva, no sul de Israel. O incidente, ocorrido na quinta-feira (19), intensifica ainda mais a escalada entre os dois países, em meio ao prolongado conflito envolvendo a Faixa de Gaza e o Hezbollah.
“A linha vermelha foi cruzada. O regime ditatorial de Teerã está agindo como uma organização terrorista bárbara”, declarou o ministro da Saúde de Israel, Uriel Busso, em publicação na rede social X. Ele afirmou que atacar um hospital é um “crime de guerra desprezível”.
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A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) assumiu a autoria do ataque, mas negou que o hospital fosse o alvo. Segundo o grupo militar ligado ao regime de Teerã, a ofensiva teve como objetivo um “centro de comando e inteligência israelense” que funcionaria nas imediações da unidade médica.
Apesar da alegação iraniana, vídeos divulgados em canais do Telegram mostram danos extensos nos arredores do hospital, incluindo estruturas destruídas e pilhas de escombros. As imagens sugerem que a explosão ocorreu a uma distância suficientemente próxima para comprometer a infraestrutura civil.
O Centro Médico Soroka desempenha papel crítico no sistema de saúde israelense. Segundo informações oficiais, a unidade atende mais de 1 milhão de pessoas no sul do país e está localizada a cerca de 35 quilômetros da Faixa de Gaza. Durante os conflitos recentes, tem servido como principal destino de evacuação de feridos civis e militares.
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Autor: Marina Verenicz
