Quanto rendem R$ 50 mil em Tesouro Selic, IPCA+ e prefixado? Veja simulações


Com a taxa Selic em 15% ao ano e inflação alta, a renda fixa vive um momento de destaque. Esse cenário favorece especialmente os títulos públicos do Tesouro Direto, conhecidos por combinar segurança, acessibilidade e boa rentabilidade para os investidores.
Mas quanto, exatamente, rende investir R$ 50 mil nesses títulos? A resposta varia conforme o tipo de papel escolhido e o comportamento dos juros — e da inflação no período. No entanto, é possível fazer simulações com base nas condições atuais do mercado e nos juros praticados hoje, para ter uma ideia clara do potencial de retorno de cada um.
A seguir, veja quanto renderia uma aplicação de R$ 50 mil mantida por dois anos nos três principais tipos de título do Tesouro Direto: o Tesouro Selic, o Tesouro IPCA+ e o Tesouro Prefixado.
Lembrando que, atualmente, os títulos do Tesouro seguem a tabela regressiva de Imposto de Renda (IR), com alíquotas que variam conforme o prazo da aplicação: 22,5% para investimentos de até 180 dias; 20% entre 181 e 360 dias; 17,5% entre 361 e 720 dias; e 15% para prazos superiores a 720 dias.
Uma medida provisória em análise no Congresso, porém, propõe a adoção de uma alíquota única de 17,5%, independentemente do prazo de aplicação. Caso a mudança seja aprovada, a nova regra passará a valer a partir de 2026.
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Tesouro Selic
Também conhecido como Letra Financeira do Tesouro (LFT), é um título pós-fixado que acompanha a Selic. Quando a taxa básica de juros é elevada, ele sobe e entrega mais rendimento para o investidor. Quando os juros caem, o rendimento cai também. Nesta quarta, o papel com vencimento em 2028 paga Selic + 0,0495%.
Se o investidor aplicasse R$ 50 mil nesse tipo de título hoje e resgatasse daqui exatamente dois anos, teria o valor de R$ 62.140,15 bruto no bolso. Com desconto de R$ 1.821,02 de IR e R$ 189,40 de taxa da B3, ficaria com o montante líquido de R$ 60.114,21.
”Neste momento, recomendamos uma maior exposição em ativos pós-fixados, uma vez que oferecem uma combinação eficiente de segurança, liquidez e rentabilidade”, disse Lucas Constantino, estrategista-chefe da GCB Investimentos.
Tesouro IPCA+
É um título pós-fixado que tem seu rendimento atrelado à variação da taxa de inflação (IPCA). Atualmente, o papel com vencimento em 2029 paga IPCA + 7,55%. Após o prazo estipulado, o investidor recebe o valor aplicado corrigido pela inflação do período, além de um retorno adicional, representado pelos juros reais.
Os R$ 50 mil nesse tipo de título virariam R$ 62.868,65 brutos após dois anos. Com desconto de R$ 1.930,29 de IR e R$ 224,73 de taxa da B3, o valor líquido seria de R$ 60.693,94, segundo cálculos do próprio Tesouro.
”Para quem busca proteger o poder de compra no longo prazo, os ativos indexados à inflação seguem relevantes na composição da carteira”, falou Constantino.
Tesouro Prefixado
É um título público que tem a taxa de retorno conhecida no momento da compra: ao adquiri-lo, portanto, o investidor já sabe exatamente quanto irá receber no futuro. Hoje, a aplicação de 2028 oferece retorno de 13,41% ao ano
O montante investido se transforma em R$ 64.276,49 brutos. Com desconto de R$ 2.141,47 de imposto de renda e R$ 227,41 de taxas da bolsa de valores, passaria para R$ 61.885,79.
Apesar de pagar mais do que os outros, o Tesouro Prefixado é mais arriscado em momentos de incerteza econômica, pois os papéis não serão corrigidos por taxas flutuantes e que refletem o momento do mercado, como IPCA e Selic.
”Nossa recomendação é manter uma exposição moderada a ativos prefixados. Diante das incertezas sobre a trajetória futura da inflação e dos juros, o ideal é priorizar papéis de vencimento mais curto (entre 2 e 3 anos)”, afirmou Constantino.
Tipo de investimento | R$ 50 mil + rendimento em 2 anos* |
---|---|
Tesouro Selic | R$ 60.114,21 |
Tesouro IPCA + 7,55% | R$ 60.693,94 |
Tesouro Prefixado | R$ 61.885,79 |
Data do resgate: 25/06/2027
Cuidados
As simulações tomam como base um prazo de dois anos, o que implica resgate antecipado em todos os casos. Isso significa que o investidor precisa considerar os efeitos da marcação a mercado: ao vender um título antes do vencimento, o retorno pode ser maior ou menor do que o esperado, dependendo das condições econômicas no momento. Se o título estiver desvalorizado, o rendimento final será impactado negativamente.
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Autor: lucasgmarins