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Expansão e dividendos: os planos da JBS no 1º Investor Day com ação listada nos EUA

Expansão e dividendos: os planos da JBS no 1º Investor Day com ação listada nos EUA

O frigorífico JBS (BDR: JBSS32) realizou na quarta-feira (25) seu primeiro Investor Day como firma listada nos EUA, realizado em Nova York, onde a alta gestão e os acionistas controladores atualizaram sobre as prioridades estratégicas da companhia, com foco central no crescimento.

Segundo o Goldman, a administração da JBS destacou as oportunidades para crescimento orgânico e inorgânico sustentado, além do histórico comprovado da companhia em reestruturações, como nos casos da Pilgrim’s Pride, Swift, U.S. Pork, Austrália e Seara, bem como em construção de marcas, incluindo Just Bare, Richmond e Seara.

O capex orgânico para crescimento, estimado em cerca de US$ 1 bilhão ao ano nos próximos cinco anos, superou as expectativas do Goldman, embora seja compensado em grande parte por margens melhores e maior exposição a produtos de marca. A gestão demonstrou compromisso com uma distribuição de dividendos mais consistente, potencialmente alcançando um rendimento de dígitos médios a altos.

Com uma avaliação atraente, execução operacional robusta, diversificação geográfica e de produtos de alto padrão, balanço sólido e fluxo de caixa livre constante, o Goldman Sachs vê a JBS com o maior potencial de valorização entre suas coberturas no Brasil, reiterando a recomendação de compra das ações e preço-alvo US$ 19,50.

O Goldman Sachs destacou que a JBS retomou um ritmo acelerado de crescimento, evoluindo de um açougue em Goiás para líder global do setor alimentício, com vendas anuais de US$ 78,7 bilhões. A inclusão da firma nos principais índices dos EUA deve ocorrer a partir de 2026, após o aumento do free float.

A equipe do Goldman também ressaltou a aceleração dos investimentos, com capex entre US$ 5 e 6 bilhões de 2025 a 2029, além de US$ 1 a 1,2 bilhão anuais destinados a fusões e aquisições, visando ampliar escala e aumentar a exposição a produtos de valor agregado e marcas próprias. Cerca de 15% das vendas são de alimentos preparados, abaixo dos 22% da Tyson, mas espera-se que essa diferença diminua nos próximos cinco anos. A JBS ainda se destaca pela maior diversificação geográfica em relação à Tyson.

Em relação ao futuro, o JPMorgan ressaltou que a JBS preparou seu balanço para capturar novas oportunidades de crescimento, com um capex previsto entre US$ 1,0 e 1,2 bilhão e um retorno sobre capital investido (ROIC) esperado entre 17% e 20%. Os dividendos devem variar entre US$ 0,8 e 1,2 bilhão anuais, enquanto fusões e aquisições (M&A), embora não estejam no guidance, podem situar-se na faixa de US$ 1,0 a 1,2 bilhão por ano. Essas iniciativas levariam a um crescimento anual composto (CAGR) de receita entre 4% e 6% e de EBITDA entre 6% e 7%, em termos reais.

O JPMorgan também ressaltou casos relevantes de construção de marca, como o portfólio Just Bare, que apresenta crescimento acelerado com 10% de participação de mercado e expansão expressiva em domicílios.

Sobre o modelo de negócio, o JPMorgan observou o compromisso da firma com a saúde financeira, destacando a geração consistente de fluxo de caixa livre e o aumento gradual dos dividendos, sem uma política fixa, mas com expectativa de distribuir pelo menos US$ 1 bilhão por ano. Quanto à listagem nos EUA, o banco comentou que isso explica o desconto de valuation em relação aos pares americanos, devido ao acesso limitado a investidores, especialmente fundos passivos.

Nas perspectivas futuras, o JPMorgan enfatizou a mudança de hábitos das novas gerações, que comem menos fora de casa e têm maior aceitação de alimentos congelados. A estratégia de crescimento de longo prazo envolve ampliação da escala operacional, diversificação do portfólio de produtos de valor agregado e marcas próprias, e aprimoramento do relacionamento com clientes-chave. O capex, dividendos e possíveis fusões e aquisições seguem conforme os parâmetros mencionados, com expectativa de crescimento robusto em receita e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações).

Embora o BTG mantenha estimativas mais conservadoras, reconhece que a listagem pode impulsionar uma reprecificação das ações devido ao ingresso de investidores passivos. A instituição destaca o histórico da JBS de ciclos ambiciosos de aquisições, reforçando que a firma já é a maior do mundo no setor de alimentos. A introdução de classes de ações e a nova base acionária tendem a intensificar esse perfil agressivo de crescimento.

O BTG considera que a ação, antes uma tese de momento, agora se configura como uma história de expansão de múltiplos, mantendo a JBS como sua única recomendação de compra no setor de proteínas, com potencial adicional vindo do crescimento inorgânico. Com isso, o banco mantém recomendação de compra.

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Autor: Felipe Moreira

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