Minidólar (WDOQ25): Confira os pontos de suporte e resistência para esta quarta (02)


Na terça-feira (01), o dólar à vista interrompeu a sequência de quedas e fechou com alta de 0,48%, cotado a R$5,4610, em um movimento influenciado tanto pelo cenário externo quanto por tensões políticas no Brasil.
No front doméstico, o governo federal ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do Congresso que derrubou o aumento do IOF sobre operações financeiras. A judicialização do caso elevou o nível de incerteza institucional, o que contribuiu para pressionar o câmbio.
No exterior, o fortalecimento do dólar frente a outras moedas foi impulsionado pela divulgação do relatório Jolts, que apontou uma alta inesperada nas vagas de emprego em aberto nos EUA, o que pode impactar na expectativa de cortes iminentes na taxa de juros por parte do Federal Reserve.
Para os traders que operam o minidólar, o pregão foi marcado por forte oscilação e mudança de direção ao longo do dia. A moeda chegou a iniciar o dia em queda, mas ganhou força no decorrer da manhã, impulsionada pela busca por proteção frente à instabilidade política interna e pelos dados mais fortes do mercado de trabalho nos EUA. A volatilidade aumentou à medida que o mercado ajustava suas expectativas em relação aos próximos passos do Federal Reserve.
O ambiente segue sensível a decisões do STF sobre o IOF e a novos indicadores econômicos americanos, o que tende a manter os contratos futuros de dólar com elevada movimentação nos próximos pregões.
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Os contratos futuros de minidólar (WDOQ25), com vencimento em agosto, encerraram a última sessão com alta de 0,40%, fechando aos 5.495,5 pontos.
No gráfico diário, a estrutura segue com viés baixista, com o ativo sendo negociado abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos e testando a linha de retorno do canal de baixa. O IFR (14) está em 35,92, próximo da zona de sobrevenda.
O suporte relevante está em 5.416/5.380, e seu rompimento pode abrir espaço para quedas até 5.320/5.275,5 pontos. Do lado oposto, a resistência está em 5.595/5.620, e seu rompimento pode levar o ativo às regiões de 5.652,5/5.672,5 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, mesmo com o fechamento positivo da última sessão, o minidólar segue em uma estrutura fragilizada, ainda sendo negociado abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos — o que indica que a pressão compradora, apesar da alta pontual, ainda não foi suficiente para alterar a tendência de curto prazo.
O ativo voltou a testar uma antiga região de fundo que agora atua como resistência, configurando um exemplo clássico do princípio da bipolaridade, em que uma zona antes defendida por compradores passa a ser dominada pela força vendedora. Essa faixa vem se mostrando decisiva para a definição da próxima direção.
Para o pregão desta quarta-feira (02), os principais suportes estão em 5.492/5.483 (1), 5.468/5.464 (2) e 5.450/5.444 (3), enquanto as resistências se concentram em 5.509/5.519 (1), 5.539/5.547 (2) e 5.562/5.571 (3).
A continuidade do movimento de alta dependerá da superação consistente da resistência em 5.509/5.519, acompanhada por volume comprador relevante. Caso esse rompimento se confirme, o minidólar poderá ganhar tração e avançar para as próximas regiões de topo em 5.539/5.547, com alvo mais longo em 5.562/5.571, consolidando um possível movimento de reversão no curtíssimo prazo.
Por outro lado, caso o ativo não consiga romper essa faixa de resistência, o cenário mais provável é de retomada da tendência de baixa predominante. Nesse contexto, a perda do suporte em 5.492/5.483 pode intensificar o fluxo vendedor, projetando quedas até 5.468/5.464, com possível extensão para 5.450/5.444, o que abriria espaço para a renovação de mínimas no intraday.

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Dólar futuro (WDOQ25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o minidólar encerrou a última sessão em alta, conseguindo superar as médias móveis de 9 e 21 períodos. Apesar desse avanço, vale destacar que a média de 21 ainda apresenta inclinação negativa, sinalizando que a tendência de curto prazo segue fragilizada.
Durante todo o pregão, a faixa entre 5.501,5/5.510,5 atuou como uma barreira significativa, concentrando forte atuação da ponta vendedora e limitando o avanço dos preços. Essa região segue como o principal ponto de inflexão no curtíssimo prazo.
Caso o ativo consiga rompê-la com volume, poderá destravar um novo fluxo comprador com alvos nas resistências seguintes em 5.536/5.547 e 5.567,5/5.582,5 — patamares que, se atingidos, podem confirmar uma mudança na estrutura do intraday.
Por outro lado, se o minidólar voltar a ser rejeitado na região de 5.501,5/5.510,5, a pressão vendedora tende a se intensificar, especialmente se o ativo perder o suporte em 5.464. A quebra desse nível acionará um pivô de baixa, reforçando o controle dos vendedores e abrindo espaço para quedas em direção aos suportes em 5.444/5.423, com possível extensão até 5.391 pontos.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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Autor: Bruno Nadai