UBS BB vê avanço de bancos, mas aposta no Bradesco (BBDC4) entre balanços do 2T25
O Bradesco (BBDEC3; BBDC4) tende a ser o grande destaque da temporada de balanços corporativos do segundo trimestre de 2025, dizem analistas do UBS BB em relatório enviado à imprensa nesta quarta-feira (2). No documento, eles ainda apontam um resultado neutro para Itaú (ITUB3; ITUB4) e BTG Pactual (BPAC11).
Os analistas do banco suíço estimam os resultados com base nos números reportados pelas firmas do setor monetário para o Banco Central (BC) no mês de abril. A projeção do UBS considera que os bancos manteriam o mesmo ritmo de abril nos demais meses do trimestre. Considerando essa possibilidade, o lucro líquido do Bradesco no 2T25 seria de R$ 6 bilhões, aumento de 3% em relação ao trimestre anterior e de 2% acima das projeções do UBS.
No caso do Itaú, o lucro cresceria 1% na comparação com o primeiro trimestre de 2025, para R$ 11,2 bilhões, enquanto os ganhos do Santander Brasil chegariam a R$ 4,6 bilhões, aumento de 20% sobre o trimestre anterior e 14% acima do esperado pelo UBS. No entanto, os analistas reforçam que tal projeção de alta está distorcida, visto que em abril o Santander teve impacto de benefício fiscal.
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Para o BTG Pactual, o trimestre teria um resultado positivo de R$ 3,5 bilhões, alta de 8% no trimestre e em linha com as estimativas do UBS. Enquanto isso, o lucro líquido do Nubank (ROXO34) seria de R$ 2,1 bilhões, queda de cerca de 30% em média no trimestre e em relação às projeções do UBS.
Carteiras de crédito dos bancos mostram crescimento
Os dados apontam que quase todos os bancos reportam expansão dos ganhos comparado com o mês anterior. Dados de abril de 2025 mostram também que a carteira de crédito deles cresceu. Nos bancos tradicionais, o total de empréstimos do Itaú cresceu 0,6% em relação ao mês anterior, enquanto o do Bradesco caiu 0,4% em comparação ao mês anterior. No caso do Santander, os empréstimos caíram 0,6% na relação entre abril e março. Em relação aos bancos digitais, o Nubank continua em destaque, com uma aceleração de 3,6% na base mensal.
Ainda com resultados díspares, o UBS BB tem recomendação de compra para todos os bancos citados, exceto Nubank. No caso do Itaú, os analistas apontam compra com preço-alvo de R$ 37, junto à cotação atual do papel (ITUB4), que fechou o pregão da terça-feira (1º) a R$ 37,10. Já o Santander tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 38, avanço de 28%. A ação do BTG também é sugerida para estar na carteira, o preço-alvo é de R$ 43, aumento de 1,8% frente aos R$ 42,87 do fechamento de ontem.
Para o Bradesco, a indicação é de compra com preço-alvo de R$ 21, alta de 24,8% na comparação com o último fechamento. O Nubank é o único com recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 12,80, baixa de 6,7% na comparação com a cotação de terça-feira.
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Autor: Bruno Andrade