Os FIIs mais recomendados para julho; fundo de logística segue como “queridinho”

Junho foi um mês positivo para os fundos imobiliários. Impulsionado pelo câmbio, expectativas de inflação e curva de juros, o Ifix – índice que reúne os FIIs mais negociados do mercado – renovou sua máxima histórica e teve o melhor semestre em seis anos.

Apesar do desempenho, o mercado ainda mostra sinais de cautela. ”Diante do possível fim do ciclo de alta, dos desafios fiscais no radar e da valorização recente do IFIX, mantemos uma visão neutra para o mercado de FIIs”, escreveram André Oliveira e Vcitor Penna, analistas do BB Investimentos, na carteira recomendada de julho.

Na carteira deste mês saiu o RBR Alpha (RBRF11), que investe em cotas de outros FIIs (conhecido como FOFs), e entraram dois fundos de papel: Kinea Hedge Fund (KNHF11) e Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11). O BTG Pactual Logística (BTLG11), porém, continua sendo o preferido, igual ao mês passado.

Confira abaixo a lista dos 7 FIIs recomendados para julho por oito casas. Apenas os FIIs que apareceram em pelo menos quatro carteiras diferentes foram considerados.

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BTLG11

O FII se destaca pelos seguintes motivos, segundo Flávio Pires, analista de fundos imobiliários da Toro: portfólio de galpões logísticos bem localizados (cerca de 72% de toda área bruta locável está no raio de 60 km de São Paulo); taxa de ocupação do portfólio está em 98%; tem contratos de longo prazo; os principais inquilinos são grandes firmas como Assaí, DHL, Unilever e Amazon; tem um time de gestão experiente.

BRCO11

Tem boa localização e as características técnicas dos imóveis do fundo chamam a atenção e abrigam locatários conhecidos e de baixo risco de crédito, escreveram Larissa Gatti Nappo e Fausto Menezes, analistas do Itaú BBA, na carteira recomendada deste mês. ”É um fundo que agrega bastante qualidade e previsibilidade para nossa carteira, seja pela quantidade de contratos atípicos atualmente vigentes (38%) ou pelas características técnicas de seus empreendimentos”.

KNCR11

A recomendação para o KNCR11 se baseia nos seguintes critérios, segundo a equipe de equity research do BTG Pactual: grande representatividade no segmento de recebíveis; excelente liquidez, sendo um dos mais negociados de toda a indústria; carteira formada com o viés de carrego; estruturação própria, permitindo a negociação de garantias adicionais e taxas mais atrativas; e alocação em ao menos 50% de todas as operações da carteira, o que dá ao fundo a possibilidade de aprovar qualquer tema relevante aos créditos em assembleia de devedores.

RBRR11

O fundo é uma excelente oportunidade de investimento principalmente por causa de seu perfil defensivo, qualidade de gestão e capacidade de proteção contra a inflação, segundo a XP Investimentos. ”A carteira de crédito é composta por 45 CRIs de menor risco de crédito, com predominância de exposição a riscos corporativos (69%), o que implica concentração de risco no balanço de um único devedor”, escreveu também Marx Gonçalves, head de fundos listados da casa.

KNHF11

É um fundo que contempla a expertise de gestão das áreas de CRI, tijolo e multimercados, com um patrimônio líquido de R$ 1,89 bilhão. ”Está com 121,0% do PL alocado, sendo 59,5% em CRIs, 13,0% em FIIs, 29,5% em Imóveis e 0,7% em ações. Sem considerar a parcela alocada em instrumentos de caixa, equivalente a 14,5%”, escreveu Régis Chinchila, analista de investimentos da Terra.

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MCCI11

Esse FII tem controle de aproximadamente 75% de seu portfólio, com uma participação de mais de 50% nesses CRIs. Além disso, é negociado a 0,95x P/VP, tem um portfólio com bons devedores e é classificado como high-grade, segundo Bernardo Noel e Luis Assis, analistas da Genial Investimentos. A casa também disse que ”o fundo negocia com um desconto exagerado para o grau de risco do seu portfólio”.

TRXF11

O fundo permanece com a alavancagem controlada e bem amarrada aos contratos atípicos de locação, refletindo certa segurança em caso de rescisões antecipadas, de acordo com André Oliveira e Vcitor Penna, analistas do BB Investimentos. “Portanto, seguimos otimistas com o fundo, que detém grande diversidade de ativos líquidos, bons contratos e excelente histórico de gestão”, escreveram na carteira recomendada de julho.

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