Como juntar R$ 50 mil em dois anos investindo na renda fixa com a Selic a 15%


Acumular R$ 50 mil não é uma tarefa fácil para a maioria dos brasileiros. Para cumprir esse objetivo, é preciso disciplina, controle sobre os gastos e, claro, encontrar o melhor instrumento para encurtar o caminho até essa conquista. Com a Selic a 15% ao ano, os ativos de renda fixa se apresentam como opções rentáveis e seguras para ajudar quem poupa.
Os juros altos fazem muitos investidores enxergarem uma oportunidade de acumular patrimônio em prazos curtos, lembra Julio Caires, contador e advogado especialista em direito firmarial. Porém, “entender o impacto da tributação sobre o rendimento final é mais importante do que o valor a ser investido mensalmente ou a rentabilidade”, diz o especialista.
Pensando nisso, Caires calculou, a pedido do InfoMoney, os aportes mensais necessários para acumular R$ 50 mil em dois anos investindo na poupança , Tesouro Selic, CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio), cinco dos instrumentos mais conhecidos pelos brasileiros.
A diferença entre os ativos é grande e mostra como um planejamento mal conduzido pode atrapalhar os planos de qualquer um. Confira:
Poupança
Para conseguir os R$ 50 mil em dois anos aplicando mensalmente na caderneta, são necessários aportes mensais de R$ 1.882, considerando o rendimento atual de aproximadamente 6,17% ao ano, calcula Caires. Ele pontua que “apesar da isenção (de Imposto de Renda), o rendimento é significativamente inferior às demais opções”.
Tesouro Selic
Ao mudar da poupança para o Tesouro Selic, o investidor pode diminuir em R$ 92 os aportes mensais na comparação com a poupança para chegar aos mesmos R$ 50 mil ao fim de 2 anos. São necessários R$ 1.790 por mês, considerando uma rentabilidade líquida de 12,33% ao ano após o Imposto de Renda. Caires projeta aportes mensais similares para os CDBs que pagam 100% do CDI.
LCIs e LCAs
Isentas de Imposto de Renda, as letras de crédito podem oferecer remuneração nominal menor que os CDBs e, ainda assim, gerar lucro maior. É o caso dos títulos que pagam 90% do CDI, que atualmente pagam 13,5% ao ano, contra 12,33% dos CDBs com remuneração de 100% do CDI. Ao aplicar R$ 1.728 por mês nesses papéis ao longo de 24 meses, o investidor consegue acumular R$ 50 mil.
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Cenário macroeconômico e planejamento tributário
Apesar do esforço para encontrar a melhor remuneração no cenário atual, o investidor precisa considerar que dificilmente a taxa Selic ficará estacionada nos 15% ao ano por dois anos. Segundo o Boletim Focus, que compila as projeções do mercado monetário para os juros, inflação, dólar e atividade econômica, a Selic deve terminar 2026 em 12,50% ao ano.
Esse tipo de conta, no entanto, ajuda o investidor a escolher o melhor instrumento para começar a poupar e entender melhor a relação entre risco e retorno dos papéis. Para Julio Caires, “saber quanto aplicar mensalmente é apenas o primeiro passo” e “o planejamento monetário precisa incluir o componente fiscal como elemento central”, já que a rentabilidade final está diretamente ligada à tributação dos ativos ao longo do tempo.
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Autor: leonardogstos