Última chamada aos fundos isentos? CEO da Sparta alerta para janela de oportunidade

A decisão da gestora foi estratégica e embasada na relação risco-retorno que voltou a ser atrativa. “Talvez sejam as últimas cotas isentas. A gente colocou em todos esses fundos que a captação, com certeza, não vai até depois de 31 de dezembro (quando o fundos isentos seriam taxados, se a medida provisória assim for aprovada no Congresso). Dependendo do ritmo, da condição dos mercados, se os preços deixarem de fazer sentido, acredite, a gente vai fechar, não vamos hesitar”, afirmou Ulisses Nehmi, CEO da Sparta.

A gestora vê esse momento como estratégico para alocação de recursos em fundos incentivados, que oferecem isenção de imposto para pessoas físicas. Para Nehmi, quem tem horizonte de longo prazo deve considerar seriamente esse tipo de investimento. “É um passaporte de isenção de longo prazo para quem tiver a capacidade de se planejar”, afirmou. “Se não, nem entra.”

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No mais recente episódio do programa Outliers, do InfoMoney, apresentado por Clara Sodré e Fabiano Cintra, Ulisses Nehmi, CEO da Sparta, conversou sobre a vantagem tributária dos fundos isentos, combinada com as elevadas taxas de juros.

Na visão de Nehmi, o prêmio de crédito atual e a isenção fiscal oferecem uma relação de risco e retorno rara. “O nível das taxas de juros está muito alto. Se não fossem tão altas, provavelmente ia valer muito menos essa isenção”, disse.

O executivo alertou que a decisão de reabrir os fundos foi tomada com cautela e com base na leitura de que o mercado oferece, agora, uma combinação muito favorável. “Estamos vendo uma janela de oportunidade que pode não voltar. E temos histórico de fechar os fundos quando os prêmios deixam de fazer sentido”, disse.

Questionado sobre o que aconteceria se o cenário econômico melhorasse — por exemplo, com uma queda de juros —, Nehmi foi otimista: “Se o Brasil resolver acertar o caminho, entrar nos eixos, as taxas caem… o nível de retorno dos investidores vai ser bastante significativo. E, com a isenção, fica ainda maior.”

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