Últimas Notícias

Legacy segue short em BB (BBAS3) e acha que mercado subestima magnitude dos riscos

A Legacy, gestora de multimercados com R$ 20 bilhões de ativos sob gestão, fez um alerta aos investidores de Banco do Brasil (BBAS3): o mercado ainda subestima a magnitude riscos da tese, especialmente no que diz respeito ao crédito agrícola. Em um relatório especial divulgado nesta quarta-feira (2), a asset disse que mantém, ‘há algum tempo”, uma posição short (ou seja, apostando na queda) em BBAS3.

E ela não é a primeira. O mercado vem soltando a mão do BB, depois que a companhia reportou um resultado trimestral bem aquém do esperado em junho. Desde então, analistas cortaram as projeções e retiraram a recomendação para o papel, que até pouco tempo era um nome queridinho no quesito remuneração de dividendos. Contamos sobre esse movimento aqui.

O alerta principal tem relação com a inadimplência da carteira ligada ao agronegócio. Na visão da Legacy, o modelo de concessão de crédito do BB, que funcionou bem por anos com a garantia via penhor de safra, não está mais adequado à nova realidade do setor – que hoje vê aumento do endividamento dos produtores, piora no perfil dos tomadores e alta nos pedidos de recuperação judicial.

Publicidade

Nesse contexto, o banco perde espaço para concorrentes privados, cuja concessão de crédito se dá principalmente via alienação fiduciária da terra, um mecanismo de recuperação mais direto e eficiente, segundo a análise da gestora.

“Os efeitos desse novo cenário já apareceram nos resultados do primeiro trimestre. No entanto, os dados mais recentes indicam que o pior ainda pode estar por vir”, diz o relatório.

O entendimento é que se o crescimento da inadimplência se mantiver no ritmo dos últimos trimestres, o Banco Brasil deve ver uma deterioração importante nos resultados futuros. Além da piora dos números, a Legacy dá destaque ainda à postura da administração da estatal, que usa fatores externos para explicar os resultados recentes. “Nossa análise sugere que parte relevante da deterioração está relacionada a questões internas”, diz a gestora, mencionando a retirada do guidance de lucro para 2025, feita logo antes da divulgação dos resultados do primeiro trimestre.

“O aumento das provisões deve manter a lucratividade pressionada, com impacto direto sobre a distribuição de dividendos, que pode cair pela metade ou até mais. Nesse contexto, vemos pouca margem para uma reprecificação relevante das ações, mesmo em cenários políticos mais favoráveis”, ressalta a gestora.

Publicidade

O que achou dessa notícia? Deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe em suas redes sociais. Assim deixaremos mais pessoas por dentro do mundo das finanças, economia e investimentos!

Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original

Autor: Luíza Lanza

Dinheiro Portal

Somos um portal de notícias e conteúdos sobre Finanças Pessoais e Empresariais. Nosso foco é desmistificar as finanças e elevar o grau de conhecimento do tema em todas as pessoas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo