Dólar hoje opera em baixa com política comercial dos EUA em foco


O dólar à vista recuava ante o real nesta terça-feira (7), após subir mais de 1% na véspera, à medida que investidores avaliavam as mudanças anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na política comercial do país, o que incluía um novo prazo para negociações tarifárias.
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Na véspera, Trump publicou no Truth Social cartas endereçadas aos líderes de 14 países ameaçando tarifas de 25% a 40% a partir de 1º de agosto. Os principais parceiros comerciais dos EUA, Japão e Coreia do Sul, estavam entre o grupo, assim como Malásia, África do Sul e Indonésia.
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 12h49, o dólar à vista operava em baixa de 0,36%, aos R$ 5,458 na venda. Na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido — recuava 0,57%, aos R$ 5,489.
O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de agosto de 2025.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,458
- Venda: R$ 5,458
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,487
- Venda: R$ 5,667

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O que aconteceu com dólar hoje?
Os movimentos do real nesta sessão tinham como pano de fundo uma recuperação modesta de ativos mais arriscados no exterior, uma vez que os mercados demonstravam um otimismo cauteloso com os anúncios tarifários feitos por Trump na segunda-feira.
Ao enviar cartas sobre tarifas para alguns parceiros, como Japão e Coreia do Sul, o presidente norte-americano estendeu o prazo para que os países fechem acordos comerciais com Washington para 1º de agosto, ante o prazo anterior de quarta-feira.
A decisão evitou a implementação das tarifas abrangentes anunciadas por Trump em abril já nesta semana, gerando mais espaço para discussões com os parceiros, o que fomentava as expectativas de que a abordagem dos EUA, apesar de agressiva e errática, não vai gerar uma guerra comercial total.
Para emergentes, este novo panorama fornecia espaço para que suas divisas recuperassem as perdas da sessão anterior, quando a ameaça de Trump de impor tarifa de 10% a países alinhados às “políticas antiamericanas” do Brics provocou a queda dessas moedas.
Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em alta de 1,04%, a R$ 5,4809, no Brasil.
Uma fonte familiarizada com o assunto ainda disse à Reuters na segunda que qualquer tarifa contra membros do Brics não seria aplicada imediatamente, mas que os EUA farão isso se os países individualmente adotarem as chamadas ações políticas “antiamericanas”.
“Pela reação dos mercados, eu interpreto que os investidores estão céticos quanto à possibilidade de realmente haver um aumento das tarifas de importação, ou pelo menos nessa magnitude, e que Trump deve estar blefando”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
“Trump estaria utilizando o tema das tarifas como um instrumento de negociação para pressionar outros países a fazerem acordos comerciais, mas que, no fundo, não teria a intenção de manter essas tarifas por muito mais tempo”, completou.
Por outro lado, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,23%, a 97,575.
Na cena doméstica, o mercado nacional estará focado neste pregão em falas de autoridades. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que a inflação no país estará em 2026 dentro da banda de tolerância da meta central de 3%, que permite que o índice fique entre 1,5% e 4,5%, argumentando que cabe ao Banco Central avaliar esse movimento para decidir quando cortará a taxa Selic.
Já o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participará de almoço com parlamentares da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo (FPE) e associados do Instituto Unidos Brasil (IUB), em Brasília, às 12h.
Na frente de dados, as vendas no varejo brasileiro recuaram 0,2% em maio na comparação com o mês anterior e subiram 2,1% sobre um ano antes, informou o IBGE, em resultado abaixo do esperado por economistas consultados pela Reuters.
(Com Reuters)
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Autor: Felipe Moreira