Quais ações com maior e menor qualidade nos lucros? Veja a lista


Em seu relatório semanal de estratégia, o Santander introduziu um novo filtro quantitativo para avaliar a qualidade dos lucros das firmas brasileiras listadas fora do setor monetário. A ferramenta busca identificar companhias cujos resultados contábeis são efetivamente sustentados por geração de caixa, e não apenas por ajustes contábeis.
Segundo o banco, firmas com lucros de maior qualidade — ou seja, mais consistentes, previsíveis e respaldados por fluxo de caixa — tendem a negociar com prêmios de valuation em relação aos pares. O modelo considera três pilares: conversão de lucro em caixa, ajustes contábeis e volatilidade da geração de caixa.
De acordo com o Santander, diversas companhias se destacam no topo da lista por apresentarem forte capacidade de transformar lucro contábil em caixa real, como:
- TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3), beneficiadas por modelos de receita recorrente;
- Assaí (ASAI3), com alta eficiência no capital de giro graças à elevada rotação de estoque;
- Motiva (MOTV3) e Ecorodovias (ECOR3), que operam concessões com receitas previsíveis e ajustadas pela inflação;
- Rumo (RAIL3), cujas concessões de longo prazo garantem retorno via tarifas indexadas;
- Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11), que, mesmo com lucros contábeis voláteis, mostram geração de caixa operacional consistente;
- C&A (CEAB3), apoiada por disciplina na gestão do capital de giro e foco em eficiência operacional.
No outro extremo do ranking, o Santander destacou o desempenho mais fraco de construtoras, devido ao descasamento entre o reconhecimento contábil dos lucros (durante as obras) e a entrada efetiva de caixa (na entrega dos imóveis ou via financiamento). Apesar disso, o banco segue construtivo com firmas expostas ao programa Minha Casa, Minha Vida, citando o menor risco de crédito.
Outros nomes com pontuação inferior no filtro foram Vivara (VIVA3), por conta de distorções temporárias no capital de giro, e Rede D’Or (RDOR3), afetada pela maior dilatação nos prazos de recebimento no setor hospitalar. O Santander, porém, avalia que esses efeitos são transitórios e devem se normalizar com a integração da SulAmérica.
O Santander ressalta, no entanto, que o filtro de qualidade dos lucros é um modelo de pontuação relativa, aplicado a firmas com perfis operacionais bastante distintos. Nesse contexto, WEG (WEGE3) e TOTVS (TOTS3) também se saem bem nos três indicadores analisados. Ainda assim, como o perfil de geração de caixa dessas companhias costuma acompanhar de perto seus resultados contábeis, o destaque no ranking é menos evidente — especialmente quando comparado a negócios em que ajustes não recorrentes ou distorções contábeis acabam mascarando fundamentos sólidos de caixa.
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Autor: Felipe Moreira