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Risco é ficar de fora: Por que Safari vê oportunidades na Bolsa mesmo com incertezas

Risco é ficar de fora: Por que Safari vê oportunidades na Bolsa mesmo com incertezas

Marcelo Cavalheiro, fundador e gestor da Safari Capital, vê o atual desinteresse por ações como uma repetição da história. “Em 2002, quando o Lula estava para ganhar, o dólar foi a R$ 4 e ninguém queria saber de ações”, lembrou ele.

“No fim, o risco não era estar comprado em ações. Era estar na renda fixa, onde se falava em calote da dívida”, contou. A visão de longo prazo, aliada à leitura cuidadosa do macro e do micro, norteia a estratégia da Safari, segundo ele: “A gente olha a eleição, mas não se guia só por isso.”

Com passagens por BFB, Fator e Credit Suisse Hedging-Griffo — onde multiplicou um fundo de R$ 8 milhões para R$ 3 bilhões —, Cavalheiro é visto como referência no mercado. E não à toa: em sua visão, momentos de desconfiança são também os que oferecem maiores retornos. “De 2 mil dólares para 30 mil dólares: foi isso que aconteceu com o índice de ações de lá pra cá”, pontuou.

Cavalheiro participou do programa Stock Pickers, apresentado por Lucas Colazzo, e afirmou que, apesar da incerteza provocada pela eleição de 2026, há oportunidades claras na Bolsa brasileira — principalmente em firmas voltadas ao mercado interno.

Eleições “viraram o único fundamento”

No cenário atual, Cavalheiro vê um mercado desconectado dos fundamentos firmariais. “Ninguém mais discute micro. Só se fala em eleição. Parece que se a Bolsa não andar com o resultado político, o mercado morre”, provocou.

Na leitura do gestor, o ambiente político brasileiro está se tornando uma espécie de binário para o mercado: ou se ganha tração com a definição do nome apoiado por Jair Bolsonaro — como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas — ou se segue na letargia.

“Todo mundo que conversa comigo coloca o Tarcísio como o nome mais provável. Tem bom trânsito, é mais moderado. Mas depende do bom senso do Bolsonaro — e isso, sabemos, nem sempre aparece”, ironizou. Ainda assim, Cavalheiro pondera: “Nosso cenário de base é que essa definição venha até o fim do ano”.

A estratégia da Safari hoje está fortemente ancorada em firmas domésticas de menor capitalização, as chamadas small caps. “A gente desmontou parte das posições em utilities e reforçou firmas domésticas. O prêmio já estava muito justo nas elétricas, e o upside das small caps é maior”, disse Cavalheiro.

firmas como C&A (CEAB3), Vivara (VIVA3), Azzas 2154 (AZZA3) e Movida (MOVI3) fazem parte da carteira da gestora. Segundo Cavalheiro, essas companhias estão extremamente descontadas por conta do cenário político e do risco percebido pelo mercado. “Movida, por exemplo, tem só 15% do seu valor de mercado em ações. Se o cenário melhora, boa parte da dívida vira equity. O retorno potencial é enorme”, disse.

Essa assimetria, segundo o gestor, é uma “alavancagem que joga a favor”. Em um cenário de juros mais baixos e retomada do crescimento, essas companhias poderiam valorizar entre 50% e 100%, segundo suas estimativas. “O que a gente quer é equity subindo. E, nesse cenário, é o que deve acontecer”, comentou.

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Autor: osniralves

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