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Ibovespa hoje: tarifas de Trump, isenção do IR e dados de serviços ficam no radar em mais um dia de cautela global

A repercussão de novas tarifas comerciais dos EUA e a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) no Brasil são os destaques da agenda econômica desta sexta-feira (11). A grade de parâmetros macroeconômicos, com estimativas de Produto Interno Bruto (PIB) e inflação, também será acompanhada no Ibovespa hoje.

Ainda na agenda econômica hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa da cerimônia de anúncio do início dos pagamentos de programa de transferência de renda para agricultores familiares e pescadores no Espírito Santo.

A agenda traz os dados de serviços em maio, mesmo horário da pesquisa industrial regional. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) anuncia o Índice de Confiança do Empresário Industrial em julho.

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No exterior, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Piero Cipollone participa de evento e, nos EUA, será publicado o relatório de poços e plataformas de petróleo em operação.

Ibovespa hoje: o que o investidor deve acompanhar nesta sexta-feira (11)

Bolsas globais buscam recuperação após tarifas

A cautela prevalece nos mercados na Europa e em Nova York, após dois dias seguidos de recordes em Wall Street. O recuo das ações reflete a escalada da ofensiva tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, que na quinta-feira (10) à noite anunciou tarifa de 35% sobre as importações do Canadá a partir de 1º de agosto.

A expectativa é de que hoje a União Europeia receba sua carta tarifária. O Canadá é o 23º país a receber notificação tarifária nesta semana, que também incluiu o Brasil, com 50% de sobretaxa.

A bolsa de Londres é pressionada ainda pela inesperada queda de 0,9% da produção industrial no Reino Unido. Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) sobem e o dólar hoje avança frente a moedas de economias desenvolvidas.

Isenção do Imposto de Renda pode subir até R$ 7.350

O deputado federal Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda, defende ampliar a isenção parcial para R$ 7.350, acima dos R$ 7 mil propostos pelo governo, com impacto de até R$ 18 bilhões em três anos, sinalizando discussão na Comissão Especial, na próxima semana.

Ele também listou os títulos atualmente isentos que continuarão fora do alcance do tributo, numa tentativa de adaptar a proposta caso avance a medida provisória que prevê taxação de 5% sobre esses papéis, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) – leia mais sobre o que foi denifido sobre o Imposto de Renda.

Commodities avançam: veja o impacto nos ADRs

O petróleo, que caiu mais de 2% na véspera, perdeu força após a Agência Internacional de Energia (AIE) cortar projeções de demanda global pela commodity neste ano e em 2026. No início da manhã, os contratos subiam em meio a crescentes tensões geopolíticas no Oriente Médio, mas seguem pressionados pelo noticiário sobre tarifas do governo Trump. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para agosto subia 0,45%, a US$ 66,87, enquanto o do Brent para setembro avançava 0,35%, a US$ 68,88.

Entre as commodities hoje, o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para setembro de 2025, fechou em alta de 1,8%, cotado a 764 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 106,48.

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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de firmas não americanas) da Vale (VALE3) caíam 0,50% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) cediam 0,31%.

O que esperar do Ibovespa hoje?

Os ativos brasileiros devem sentir os efeitos da incerteza global provocada pela guerra tarifária de Trump, embora a valorização do petróleo e do minério de ferro possa atenuar os impactos na B3. No pré-mercado em Nova York, o EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação) do Brasil, recuava 0,51% no início da manhã.

A valorização do dólar e dos rendimentos dos Treasuries pode pesar no câmbio e nos juros futuros, em meio à repercussão da carta do Banco Central sobre o não cumprimento da meta de inflação.

Mercado brasileiro acompanha discussões sobre IOF

No cenário fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se com o ministro do STF Alexandre de Moraes, em meio à proximidade da audiência de conciliação sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), na próxima terça-feira (15).

O presidente Lula afirmou que vai manter o aumento do IOF, porque, se tiver que cortar R$ 10 bilhões em despesas, deve afetar as emendas parlamentares.

Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.

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*Com informações de Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Camilly Rosaboni

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