O impasse da MBRF continua: CVM adia mais uma vez assembleia sobre fusão entre BRF e Marfrig
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) adiou pela segunda vez a assembleia de acionistas da BRF que votaria a proposta de fusão com a Marfrig. A AGE, marcada para a próxima segunda-feira (14), foi postergada por mais 21 dias após pedidos da Previ e do investidor Alex Fontana, da família fundadora da Sadia.
A autarquia entendeu que as firmas ainda não forneceram informações suficientes sobre os critérios utilizados na definição da relação de troca de ações — ponto central da operação. Os materiais divulgados trazem projeções, múltiplos e premissas financeiras com extensas tarjas pretas, o que, segundo acionistas minoritários, inviabiliza qualquer julgamento informado.
A transação tem sido alvo de críticas por parte de investidores que contestam o cálculo apresentado, que propõe a incorporação da BRF com base em uma relação de troca de 1 ação da companhia para 0,85 ação da Marfrig. A avaliação é de que a Marfrig, maior acionista da BRF, seria favorecida por um ágio significativamente superior, segundo apontam documentos apresentados à CVM.
Em outra frente, a criação da MBRF Global Foods – nome da firma resultante da fusão – é questionada pela rival Minerva Foods, que entrou com recurso no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pedindo a revisão do negócio.
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Autor: Rikardy Tooge