Ações de educacionais sobem após lançamento do “Fies Social” pelo governo
As ações de empresas de educação registram uma sessão de ganhos na Bolsa após o lançamento pelo governo federal nesta sexta-feira do “Fies Social”, programa que busca garantir condições especiais de acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil por estudantes com renda familiar per capita de até 0,5 salário-mínimo e inscritos no Cadastro Único. Às 10h47 (horário de Brasília), Yduqs (YDUQ3) subia 2,15 (R$ 19,03), e Cogna (COGN3) avançava 3,38% (R$ 2,45).
Fora do índice, Anima (ANIM3) tinha alta de 4,01% (R$ 4,41), Ser Educacional (SEER3) avançava 1,18% (R$ 5,99), enquanto Cruzeiro do Sul Educacional (CSED3) tinha ganhos de 1,53%, a R$ 3,99, em alta, apesar dos ganhos terem amenizado após às 10h30 depois da divulgação de uma inflação ao produtor acima do esperado nos EUA, o que afetou as ações de setores cíclicos por aqui.
O Fies Social poderá conceder 100% de financiamento dos encargos educacionais cobrados por instituições de ensino superior (IES), a partir do segundo semestre de 2024, segundo a resolução publicada no Diário Oficial da União, que condiciona os recursos à disponibilidade orçamentária.
O Citi vê que, embora a remoção potencial do copagamento dos estudantes deva ser positiva para impulsionar a ocupação atual do programa, detalhes limitados sobre o tamanho potencial e a contribuição para dívidas incobráveis das empresas dificultam a compreensão de seu impacto potencial neste momento.
“Além disso, o financiamento estará sujeito a condições orçamentais, o que também pode sinalizar austeridade…para os próximos três anos – em linha com os anos recentes”, afirmaram Leandro Bastos e Renan Prata em relatório enviado a clientes do banco nesta sexta-feira.
Os analistas acrescentaram que o limite de renda mais baixo de 0,5 salário mínimo versus três para o Fies atualmente pode sugerir um maior foco na população carente, o que pode limitar seu alcance.
A equipe do Citi acrescentou que continua vendo um impulso mais ousado em direção a um “Novo Fies” como o principal risco de alta no curto prazo para as ações de ensino superior no Brasil, que nos últimos anos limitaram exposição ao programa e lançaram versões próprias de financiamento após problemas que incluíram inadimplência dos alunos e redução de recursos do governo. “Embora as recentes iniciativas governamentais tenham se centrado mais no ensino fundamental e médio, o decreto de hoje pode sugerir que novas mudanças podem estar nas cartas no curto prazo”, avaliaram, acrescentando que novos termos, condições e escala seguirão fundamentais para avaliarem possíveis implicações.
(com Reuters)
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