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Fundos quant ‘made in Brazil’ superam CDI e entregam menor volatilidade que os tradicionais

Em um passado bem recente, fundos quantitativos – os que utilizam modelos de inteligência artificial e aprendizado de máquina na gestão de ativos – eram vistos com ressalvas, dada a falta de conhecimento sobre o potencial da inteligência artificial na escolha dos investimentos. Agora, com o boom do setor e a massificação via ChatGPT, talvez os olhares se voltem com maior atenção a estes ativos. 

Para se adiantar, a gestora Equus Capital desenvolveu um índice para avaliar o desempenho de gestoras de fundos quant “made in Brazil”. O resultado? Um desempenho que alcançou a média do índice de fundos multimercados, porém, com menor volatilidade e melhor drawdown (um indicador crítico do risco de perda em carteiras de investimento).

Inteligência artificial
Inteligência artificial. Crédito: Adobe Stock

Segundo a gestora, levando em consideração o período entre 02/01/2018, até o fim de janeiro de 2024, o desempenho acumulado do Equus de Fundos Quantitativos Brasil (IEFQB) foi de 57,6%, bem próximo aos 57,8% do Hedge Funds Anbima (IHFA) – ou dos multimercados. Para base de comparação, o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) foi de 52,2% em igual período.

No quesito volatilidade, o índice de fundos quantitativos apresentou o percentual de 3,4% contra 4,9% dos multimercados. Quanto maior o percentual, maior a volatilidade. 

Segundo Felipe Uchida, sócio e diretor de análises quantitativas da Equus Capital, essa diferença demonstra a robustez e a estabilidade dos fundos quantitativos incluídos no índice Equus.

“Este novo índice está provando pelos números que os fundos quantitativos perfomam com mais estabilidade. Isso explica o crescimento expressivo de capital alocado nos últimos 5 anos’, aponta. 

Nos últimos cinco anos, o patrimônio líquido dos fundos quantitativos brasileiros somados saiu de R$ 800 milhões para os atuais R$ 7,6 bilhões, um crescimento de quase 10 vezes. 

O IEFQB também apresentou um drawdown quase quatro vezes menor (-3,1%) do que o IHFA (-11,4%). “Isso aponta para o percentual médio da maior queda acumulada do ativo, desde o seu último ponto máximo”, explica a gestora. 

Uchida aponta que o índice criado pretende dar mais visibilidade ao investidor sobre o desempenho dos fundos de algoritmos em relação aos tradicionais, “reforçando a visão de que a gestão quant é um movimento inevitável e irreversível no longo prazo”.

Ainda segundo a gestora fundada em 2022 e com R$ 6 milhões de ativos sob gestão, nos Estados Unidos, cerca de 31% do capital dos hedges funds estão alocados por fundos quantitativos, com uma rentabilidade média de 1,75 vezes frente aos fundos tradicionais nos últimos 13 anos. No Brasil, este percentual é inferior a 0,05%.

A metodologia adotada para o IEFQB inclui um peso igual para cada fundo constituinte – são 10 no total – e segue os padrões dos índices setoriais de fundos americanos. O baixo número de fundos no indicador é dado à pequena representatividade no país quando comparado ao mercado nos EUA.

Veja abaixo a lista de fundos quantitativos presentes no índice da Equus Capital:

CNPJ FUNDO
28866524000189 Canvas Vector
11052478000181 Giant Zarathustra
14146496000110 Kadima High Vol
09441308000147 Kadima II
09586692000176 Murano
24140265000153 Pandhora Essencial
22407091000117 Rio Bravo Sistematico
11301137000100 Seival FGS Agressivo
12284306000104 SmartQuant
14180011000105 Sparta Dinâmico
Crédito: Equus Capital

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