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O que derrubou o lucro da Vale (VALE3) no 1º trimestre de 2024?

Área de mineração da Vale (VALE3). Foto: Divulgação/Vale

A queda no preço do minério de ferro no mercado internacional pressionou o lucro da Vale (VALE3) no primeiro trimestre de 2024.
Assim, a empresa fechou o período com um lucro líquido de R$ 8,291 bilhões, cifra 12,9% inferior a registrada entre janeiro e março do ano passado.
A mudança no perfil de vendas da Vale também pesou no resultado, influenciado pela maior procura das siderúrgicas chinesas por um minério de baixa qualidade.
Logo, esse movimento contribuiu para a queda de 4,4% na receita líquida da empresa, que somou R$ 41,89 bilhões.
Isso porque o minério de ferro é o carro-chefe das vendas da Vale, e a China responde sozinha por 62% das operações.
Nesse sentido, quando o foco está nos insumos de menor qualidade, a companhia perde o prêmio de qualidade embutido na cotação do produto com alto teor de ferro.
Por outro lado, o resultado apresentado pela companhia indicou um aumento no volume de produção e vendas.
“Nossas vendas de minério de ferro aumentaram 15% ano a ano, apoiadas por uma produção forte – a maior produção de um 1º trimestre desde 2019”, afirmou o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo no relatório do balanço trimestral.
“Também estamos tendo progresso nos nossos projetos de crescimento, que ajudarão a melhorar a qualidade e flexibilidade do nosso portfólio”, acrescentou.
Além de lucro mais fraco, o primeiro trimestre trouxe uma série de reveses à Vale, que se combinaram com a queda no preço do minério para levar à desvalorização de 15% nas ações da companhia.
O período foi marcado por um tumultuado processo de sucessão na liderança da empresa, no qual o presidente Lula teria tentado interferir, segundo fontes.
Enquanto isso, em relação ao desempenho operacional, a mineradora teve um trimestre melhor do que as expectativas de analistas.
De janeiro a março, a companhia produziu 70,8 milhões de toneladas de minério, volume 6% maior que no ano passado.
Já as vendas ficaram acima do nível verificado no ano passado, quando as atividades no porto foram prejudicadas pelas chuvas sazonais.
Por último, os embarques de finos de minério de ferro alcançaram 52,5 milhões de toneladas e os de pelotas, 9,2 milhões de toneladas.
Com informações do Estadão Conteúdo  

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