Dólar sobe 0,5%, a R$ 5,47, com a escalada do conflito no Oriente Médio
O dólar à vista fechou em alta ante o real nesta quinta-feira (3), reagindo a escalada do conflito no Oriente Médio. O movimento foi alinhado com a força da moeda no exterior, à medida que investidores buscavam por ativos mais seguros.
Outro impulso para o dólar veio dos Treasuries, que sustentavam ganhos após dados fortes do setor de serviços dos EUA reforçarem previsões de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros em novembro – um ajuste menor do que o de setembro.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista subiu 0,54% ante o real nesta quinta-feira, a R$ 5,473 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) tinha alta de 0,41%, a 5.485,70 pontos.
Na quarta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, cotado a R$ 5,4455. No ano, a divisa norte-americana acumula elevação de 12,82% ante o real.
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Dólar comercial
- Compra: R$ 5,473
- Venda: R$ 5,473
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,504
- Venda: R$ 5,684
O que aconteceu com o dólar hoje?
Lá fora, o dólar subia ante a maioria das demais divisas, com investidores em busca da segurança da moeda norte-americana em função da escalada do conflito no Oriente Médio. Israel atacou nesta quinta-feira (3) o coração de Beirute, capital do Líbano. Além disso, emitiu alerta para os moradores de mais de 20 vilarejos do sul do Líbano deixassem suas casas imediatamente.
O dólar também era favorecido por dados fortes do setor de serviços dos Estados Unidos, reforçando previsões de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros pelo Federal Reserve em novembro, um ajuste menor do que em setembro.
Neste cenário, no Brasil o dólar à vista oscilou em alta durante quase toda a sessão, entre a cotação mínima de R$ 5,4425 (-0,06%) às 9h01, logo após a abertura, e a máxima de R$ 5,5124 (+1,23%) às 11h24.
“Tivemos hoje no câmbio a influência da instabilidade no Oriente Médio, com o DXY (índice do dólar) subindo. Quando o mundo sente medo, ele corre para o dólar”, comentou Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.
“Tivemos ainda a divulgação de dados fiscais no Brasil, o que também sustentou a alta do dólar ante o real”, acrescentou.
Os dados divulgados pela manhã pelo Tesouro vieram dentro do esperado, mas continuaram demonstrando um cenário fiscal de dificuldades. O governo central — que reúne Tesouro, Banco Central e Previdência Social — registrou déficit primário de R$ 22,404 bilhões em agosto, ante um saldo negativo de R$ 26,730 bilhões no mesmo mês do ano passado.
No acumulado dos oito primeiros meses do ano, o governo central acumulou um déficit primário de R$ 99,997 bilhões, 9,1% menor que o observado no mesmo período de 2023. Em 12 meses as contas do governo central acumulam déficit de R$ 227,5 bilhões, o equivalente a 1,98% do Produto Interno Bruto (PIB).
No exterior, o dólar seguia em alta ante a maior parte das demais divisas no fim da tarde. Às 17h27 o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,31%, a 101,960.
(Com Reuters)
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Autor: camillebocanegra