Como os temores com o conflito no Oriente Médio estão impulsionando o ouro
As incertezas do cenário macroeconômico global estão impulsionando a cotação do ouro no mercado internacional. A cotação do metal no contrato para dezembro encerrou esta quinta-feira (03) em alta de 0,36%, a R$ 2.679,20 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Leia também
O foco do pregão foi a notícia de que o governo dos Estados Unidos avalia apoiar um ataque de Israel à infraestrutura de produção de petróleo do Irã agrava o sentimento em relação à guerra no Oriente Médio. A Resistência Islâmica no Iraque afirmou, ainda, que tentou realizar um ataque contra Israel, mas que o drone foi interceptado na fronteira do país com o Egito.
Leia também: Como incluir o investimento brilhante de 2024 na carteira
Publicidade
A crescente tensão geopolítica na região tem levado investidores a buscarem por ativos de proteção. Isso faz a cotação do ouro subir, mas o dólar também tem se fortalecido; como mostramos aqui. No lado negativo, a fuga de ativos de risco tem penalizado o Ibovespa: nesta quinta, apenas 9 ações brasileiras conseguiam algum desempenho positivo.
Na reta final de setembro, o ouro futuro já havia engatado um rali de sete sessões consecutivas de alta – um novo recorde de dias de valorização. Apesar da cotação já esticada e da possibilidade de correção, a aceleração dos cortes nas taxas de juros pelos bancos centrais globais, incertezas geopolíticas persistentes, principalmente no Oriente Médio, e compras sustentadas de ouro pelos Bancos Centrais criam um ambiente favorável para a continuidade das altas
Alta não é de hoje
Entre janeiro e setembro de 2024, o ouro já acumula uma valorização de 27,85% ao ano. É o terceiro melhor desempenho de um ativo de investimentos no ano, atrás somente do Bitcoin, que subiu 68,44%, e do índice de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) da B3, com alta de 41,96%.
Como mostramos nesta reportagem do final de maio, com o aumento da aversão a risco, não são só os investidores que estão vendo no metal uma forma de proteger e reforçar suas reservas. Esta reportagem do Estadão revela como a atuação dos bancos centrais de vários países, especialmente o da China, estão atuando para aumentar suas reservas de ouro – um movimento que também está impulsionando a cotação do ativo no mercado global.
Com isso, o ouro vem renovando recordes históricos ao longo do ano. Um cenário que deve continuar se não houver melhora nas incertezas vigentes.
Nossos editores indicam estes conteúdos para você investir cada vez melhor
O que achou dessa notícia? Deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe em suas redes sociais. Assim deixaremos mais pessoas por dentro do mundo das finanças, economia e investimentos!
Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Luíza Lanza