Rio, Recife, Salvador e mais 11 capitais podem eleger prefeito neste domingo

Pela primeira vez na história, todas as capitais estaduais poderão ter segundo turno na disputa pelas prefeituras nestas eleições municipais de 2024.

Isso porque, desta vez, Palmas (TO) superou a marca de 200 mil eleitores registrados − exigência constitucional para que haja mais uma votação entre os dois candidatos mais bem posicionados caso nenhum deles alcance 50% dos votos válidos +1. Neste ano, o segundo turno ocorre daqui a 3 semanas, em 27 de outubro.

Apesar do ineditismo do pleito atual, há grandes chances de a maioria das capitais brasileiras definirem o novo prefeito já neste domingo (6), em primeiro turno. É o que indica a nova rodada de pesquisas de intenção de voto realizadas por institutos como Quaest e Datafolha.

Conforme aponta uma compilação feita pelo InfoMoney com base nesses levantamentos, 14 das 26 capitais possuem chances significativas de terem um candidato com a maioria absoluta dos votos no primeiro turno.

Os casos mais emblemáticos envolvem três incumbentes que tentam a reeleição. Em Macapá (AP), o prefeito Dr. Furlan (MDB) aparece com 85% das intenções de voto totais (ou seja, sem excluir votos em branco, nulos e eleitores indecisos), segundo a Quaest.

O mesmo instituto indica vida fácil para João Campos (PSB), filho do falecido governador Eduardo Campos, no Recife (PE). Na capital pernambucana, o prefeito conta com 75% das intenções de voto totais, segundo levantamento divulgado no sábado (5).

Em Salvador (BA), o prefeito Bruno Reis (União Brasil), caminha para repetir o feito de seu padrinho político e antecessor, ACM Neto (União Brasil), e soma 65% das intenções de voto.

Dos 14 casos de chances altas de vitória em segundo turno, 12 são de prefeitos que tentam a recondução para um novo mandato − uma marca que tem sido apontada pelos especialistas para as eleições municipais de 2024.

Além dos casos já mencionados, integram o grupo os prefeitos Arthur Henrique (MDB), de Boa Vista (RR), com 63% das intenções de voto; Topázio Neto (PSD), de Florianópolis (SC), com 47%; Cícero Lucena (PP), de João Pessoa (PB), com 47%; JHC (PL), de Maceió (AL), com 69%; Sebastião Melo (MDB), de Porto Alegre (RS), com 44%; Tião Bocalom (PL), de Rio Branco (AC), com 50%; Eduardo Paes (PSD), do Rio de Janeiro (RJ), com 54%; Eduardo Braide (PSD), de São Luís (MA), com 58%; e Lorenzo Pazolini (Republicanos), de Vitória (ES), 51%.

Deste grupo, chama atenção a situação de Sebastião Melo (MDB), que comanda Porto Alegre (RS). Com a capital gaúcha embaixo d’água e o caos enfrentado pelos moradores menos de seis meses atrás, poucos imaginariam que o prefeito chegaria ao dia da eleição com boas chances de vitória. Mas o trabalho forte de comunicação durante a campanha reverteu críticas recebidas pela administração durante a catástrofe.

Também merece destaque Eduardo Paes (PSD), que caminha com amplo favoritismo para o feito inédito de governar o Rio pela quarta vez, no que seria sua segunda reeleição.

Ainda entre os candidatos com altas chances de serem eleitos em primeiro turno, mas fora do grupo dos prefeitos que tentam um novo mandato, aparecem Janad Valcari em Palmas (TO) e Mariana Carvalho (União Brasil) em Porto Velho (RO). A primeira aparece com 46% das intenções de votos totais e a segunda, 44%, segundo a Quaest.

Vale lembrar, no entanto, que pesquisas eleitorais não têm a missão de fazerem previsões do futuro, mas apenas capturar fotografias do comportamento do eleitorado em um dado momento. É natural que mudanças de última hora ocorram, em meio à combinação de abstenção, mudança de opinião ou decisões a poucos instantes da votação, já que muitas vezes as próprias pesquisas são usadas pelo eleitor para a tomada de decisões sobre o candidato a apoiar.

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