14 títulos de inflação isentos de IR que pagam acima do Tesouro IPCA+ para outubro
A projeção do mercado é de que a taxa básica (taxa Selic) do Brasil termine o ano em 11,75%, com prolongamento dos juros em níveis altos por mais tempo. Para os investidores rentistas de plantão a notícia é boa, já que os pagamentos robustos dos títulos de renda fixa vão se prolongar também.
Até mesmo as carteiras mais sofisticadas de investidores arrojados devem reservar pelo menos 50% do dinheiro para essas aplicações focadas em renda, segundo o time de alocação da XP.
No relatório com recomendações para o mês de outubro, as analistas Camilla Dolle e Mayara Rodrigues indicam ter preferência pelos papéis pós-fixados e pelos títulos atrelados à inflação. “Apresentam bom carrego, especialmente considerando o contexto de relativa aceleração da inflação no curto prazo”, diz o texto.
Entretanto, essas recomendações não são para títulos do Tesouro Direto, mas sim para papéis de crédito privado. As dívidas de firmas oferecem variedade de exposição e benefício fiscal com a isenção de Imposto de Renda, em alguns casos — o que leva a retornos maiores do que os oferecidos pelos títulos públicos.
Para o Itaú BBA, mesmo com o fechamento dos spreads (diferença entre as taxas dos títulos públicos e do crédito privado) em setembro, após o aumento da taxa Selic para 10,75%, “os ativos isentos seguem como alternativa atrativa para alocação”.
O InfoMoney verificou a carteira de três instituições, com indicações de títulos high grade (com maior classificação de crédito), uma característica necessária no cenário de juros elevados por mais tempo.
Um dos papéis foi indicado por duas instituições: a debênture TAEEC4, da Taesa, que oferece uma taxa de IPCA + 6,7%, em um título com vencimento para setembro de 2038.
Atacadão e Jalles Machado receberam recomendações duplas, com a escolha de dois papéis da mesma firma e de mesma classe. Atacadão com dois CRAs e Jalles Machado com duas debêntures.
Confira a seguir títulos de renda fixa isentos de IR e indexados à inflação, incluindo debêntures incentivadas, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs), recomendados por BB-BI, XP e Itaú BBA.
Nome e código | Ativo | Taxa de negociação | Vencimento |
Trisul (24H1685086) | CRI | CDI + 0,75% | 25/02/2030 |
Energisa (SAELA3) | Debênture | IPCA + 6,30% | 15/04/2031 |
Jalles Machado (JALL24) | Debênture | IPCA + 6,10% | 17/10/2033 |
Eneva (ENEVA0) | Debênture | IPCA + 6,40% | 15/04/2034 |
Vamos (24I01531624) | CDCA | IPCA + 7,45% | 15/09/2031 |
Atacadão (CRA022008SZ) | CRA | IPCA + 6,8% | 16/08/2027 |
Atacadão (CRA02300W3Q) | CRA | IPCA + 6,9% | 15/01/2031 |
Rota das Bandeiras (CBAN72) | Debênture | IPCA + 7,0% | 15/07/2034 |
BRF (CRA0240066K) | CRA | IPCA + 6,9% | 15/06/2034 |
Taesa (TAEEC4) ** | Debênture | IPCA + 6,7% | 15/09/2038 |
Cteep (TRPLA4) | Debênture | IPCA + 6,26% | 15/10/2033 |
Jalles Machado (JALL15) | Debênture | IPCA + 6,60% | 15/05/2034 |
Rumo (RUMOB7) | Debênture | IPCA + 6,18% | 15/05/2033 |
Ipiranga (CRA022006N5) | CRA | IPCA + 6,00% | 15/06/2032 |
Retorno acima dos títulos públicos?
O relatório do Itaú BBA observa que é necessário considerar a rentabilidade dos títulos após a incidência do Imposto de Renda. Neste caso, os papéis de crédito privado têm vantagem frente aos títulos públicos.
Em setembro, o título de inflação utilizado como referência para os papéis isentos (Tesouro IPCA+2035) fechou com uma taxa de 6,31%. Após a incidência do imposto, entretanto, o retorno líquido cai para uma taxa abaixo de 5%, conforme o relatório.
“Os prêmios acima das NTN-Bs (Tesouro IPCA+) equivalentes destes títulos atingem até 0,65 ponto percentual. Se considerarmos a rentabilidade após a incidência de IR sobre os títulos públicos, as diferenças variam de 1,82 a 2,34 p.p.”, explica o BBA.
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Autor: Monique Lima