Boulos promete “combo” para motoristas de apps e Nunes ironiza: “modo desespero”

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo (SP), aproveitou o debate promovido pela TV Bandeirantes para apresentar aos eleitores seu “combo” de propostas voltadas a trabalhadores do setor de transportes da cidade − motoristas de aplicativos, taxistas e motoboys.

As iniciativas foram objeto de ironia de seu adversário, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que lidera a disputa pela reeleição, conforme apontam as mais recentes pesquisas de intenção de voto divulgadas.

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Durante o evento, realizado na noite desta segunda-feira (14), o parlamentar disse que, caso saia vitorioso nas urnas na semana que vem, irá liberar motoristas por aplicativos do rodízio de veículos da cidade.

Segundo ele, a medida seguirá estudo de impacto “adequados”, com critérios específicos, baseados na frequência do serviço prestado e trajeto feito por cada trabalhador de firmas como a Uber.

O parlamentar também assumiu o compromisso de garantir a liberação da transferência de alvarás para taxistas, assim como a possibilidade de divulgação de publicidade nos veículos. No caso dos motoboys, a ideia é criar bases de apoio ao trabalhador nos 96 bairros da cidade.

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O “pacotão” foi ironizado por Nunes, que na sequência emendou: “As pesquisas fizeram mal para o Guilherme Boulos. Como ele está muito longe de mim, eu estou muito na frente, e a rejeição dele [está em] mais de 50%, [ele] entrou agora no modo desespero.”

Na tréplica, Boulos rebateu dirigindo-se aos telespectadores. “Você vê que o Ricardo Nunes mostra que um prefeito pode ser fraco e ao mesmo tempo arrogante. Olhe o tamanho da arrogância dele. Porque está na frente de uma pesquisa, sobe no salto, acha que já ganhou. Provavelmente, ele e a turma dele, do [ex-prefeito e ex-governador João] Doria, essa turma desse sistema podre de São Paulo, que está na prefeitura, já deve estar distribuindo cargo com o nosso dinheiro”, disse.

“É muita arrogância, Ricardo. Você é arrogante ao ponto de não reconhecer seus erros no apagão. Não reconhece nada. Tudo é culpa do outro. É arrogante de achar que já ganhou e ficar tratando as pessoas com desprezo aqui num debate. Isso não faz bem às pessoas, Ricardo. Não é um bom sinal de caráter”, prosseguiu.

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