Big techs: Qual entrega mais retorno para os investidores e quanto US$ 1.000 rendem?

Pelo menos cinco big techs – Alphabet (GOGL34), Microsoft (MSFT34), Meta (M1TA34), Apple (AAPL34) e Amazon (AMZO34) – divulgam balanços nesta semana. Juntas, elas representam cerca de 25% da capitalização do S&P 500, maior índice de ações dos Estados Unidos. Mas dentre essas gigantes, qual entrega mais rentabilidade para os investidores, considerando o reinvestimento dos dividendos?

Levantamento da consultoria Elos Ayta, feito com exclusividade para o InfoMoney, deu a resposta. O estudo levou em consideração o desempenho dos papéis nos períodos de 1, 2, 10 e 15 anos. Além disso, simulou quanto US$ 1.000 renderiam em cada uma das firmas.

A vencedora no período de 1 e 2 anos foi a Meta, que entregou 91,96% e 318% de valorização com sua ação, respectivamente, um desempenho superou o índice Nasdaq. Vale lembrar que controladora do Facebook e do Instagram começou a pagar proventos para os acionistas somente em fevereiro deste ano.

Já na faixa de uma década, a big tech que mais entregou retorno para os acionistas foi a Amazon. O papel da multinacional de tecnologia subiu 1.211% no período, segundo o levantamento. Dentre as cinco big techs que divulgam balanços nesta semana, a Amazon é a única que não distribui dividendos aos acionistas.

Em teleconfência sobre lucros realizada em abril, o diretor monetário da companhia, Brian Olsavsky, disse que a filosofia de longa data da firma “é investir, apoiar as oportunidades de crescimento e investimentos de longo prazo em nossos negócios”.

Por fim, em 15 anos o cenário muda de novo. Dentre as gigantes, a Apple entrega a maior mais rentabilidade para os investidores, considerando o reinvestimento dos dividendos. A ação, que tem “participação permanente” na carteira de ninguém menos do que o megainvestidor Warren Buffett, valorizou 3.367% no período.

Quanto US$ 1.000 rendem?

O levantamento da consultoria Elos Ayta também simulou quanto US$ 1.000 renderam em cada uma das ações. Quem investiu esse valor na Meta há um ano, por exemplo, embolsou US$ 1.919,6. Ajustado pelo CPI (a inflação da Terra do Tio Sam), esse valor caíria para US$ 1.873,90.

Já nos períodos de 10 e 15 anos, Amazon e Apple assumem a liderança. Se um investidor tivesse alocado US$ 1.000 na gigante do e-commerce há uma década, teria US$ 13.117,2 (US$ 9.902,6, corrigido pelo CPI) hoje. Já se tivesse alocado o mesmo valor na criadora do Iphone, há 15 anos, teria US$ 37.670,3 (ou US$ 25.802,7, ajustado).

O que esperar dos balanços das big techs?

Por enquanto, só a Alphabet divulgou os resultados. A controladora do Google entregou receita acima das expectativas para o 3º trimestre. Microsoft e Meta divulgam os números nesta quarta, enquanto Apple e Amazon soltam na quinta. “A expectativa é de crescimento dos lucros, receita e Ebitda“, disse José Maria, coordenador de inteligência e alocação da Avenue, sobre a previsão para as big techs.

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Vale investir?

Segundo Maria, a resposta simples é sim. “Se o brasileiro quer estar exposto às tendências globais e ao crescimento das firmas que estão na ponta e na vanguarda de investimento, investigação e monetização de todo o tema de inteligência artificial, tem que estar investido em big techs”.

De acordo com o especialista, no entanto, “não há almoço grátis”, já que o grande crescimento visto nas firmas de tecnologia ao longo últimos 15 anos vem em cima de volatilidade. “O mercado vai ter correções e vai ter momentos de queda, mas no longo prazo tende a entregar resultados bastante positivos”.

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