Veja 12 ações que pagam dividendos acima do CDI com Selic a 11,25%

O Comitê de Política Monetária (Copom) ajustou a Selic em 0,50 ponto percentual, para 11,25% ao ano, conforme projetado pelo mercado. Com essa atualização, a relação de ações que oferecem dividendos superiores ao CDI — importante indicador de renda fixa — passou por mudanças.

O CDI, vale lembrar, vale sempre entre 0,1 e 0,2 ponto percentual abaixo da taxa básica de juros do Brasil. Portanto, após a recente alta, o indicador foi para 11,15% ao ano.

Atualmente, 12 firmas têm dividend yield (taxa de retorno com dividendos) acima do indexador, segundo levantamento do InfoMoney com dados da Economatica. O estudo considerou ações presentes no Ibovespa, Índice de Dividendos (Idiv) e Índice Brasil 100 (IBrX).

Confira as 12 ações que pagam dividendos acima do CDI com a Selic em 11,25%:

Quanto R$ 50 mil rendem em dividendos?

Se o investidor tivesse aportado R$ 50 mil nas ações há um ano, teria hoje entre R$ 5.774,63 e R$ 13.292,77 somente com o pagamento de proventos. A simulação leva em consideração o dividend yield realizado.

A maior “vaca leiteira” do período foi a Metal Leve (LEVE3), com uma taxa de retorno de proventos de 26,59%, seguida pela Auren (AURE3), com 18,59%, e a ação ordinária da Petrobras (PETR4), com 17,98%.

Confira quanto R$ 50 mil renderiam em dividendos em 12 meses nas ações com maiores dividend yield:

Qual impacto do aumento da Selic nos dividendos?

Marcelo Boragini, especialista em renda variável da Davos Investimentos, diz que firmas com alto nível de alavancagem sofrem mais com a Selic alta, já que os juros podem impactar na distribuição de dividendos. “Taxas altas tornam o crédito mais caro e obviamente menos acessível e, claro, isso acaba impactando negativamente nas firmas”, disse. Além disso, falou, o aumento de custo de capital pode gerar aumento das despesas financeiras das companhias e redução das margens de lucro.

Como escolher ações de dividendos?

Boragini disse que, na hora da escolha de ações que pagam proventos, o investidor precisa analisar outros pontos além do dividend yield. Um deles é justamente o nível de alavancagem, “já que firmas de baixo endividamento têm mais capacidade para pagar dividendos constantes”. Outro é acompanhar os resultados trimestreais, que mostram o lucro líquido ao longo do tempo.

Além disso, falou especialista, também vale analisar o payout (percentual do lucro líquido distribuído aos acionistas). “firmas com payout alto tendem a pagar bons dividendos”, disse. Por fim, segundo Boragini, a alta rentabilidade também deve ser levada em consideração, já que companhias rentáveis geram mais lucros e mais proventos.

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