A Capri e a Tapestry abandonaram seu plano de fusão de US$ 8,5 bilhões após uma decisão judicial que congelou a combinação proposta das firmas de moda dos EUA devido a objeções dos reguladores antitruste.
A Tapestry, proprietária das marcas Coach e Kate Spade, e a Capri, cuja maior marca é Michael Kors, disseram que decidiram mutuamente encerrar o acordo, pois era do melhor interesse de ambas as firmas.
A decisão do juiz no final do mês passado foi uma vitória para a presidente da Comissão Federal de Comércio (FTC), Lina Khan, que se opôs ao negócio com base no argumento de que ele prejudicaria a concorrência no mercado de bolsas de luxo “acessíveis”.
As ações da Tapestry subiram mais de 6% antes da abertura do mercado em Nova York. As ações da Capri caíram quase 6% nas negociações pré-mercado.
A Tapestry e a Capri têm disputado há quase uma década para dominar o mercado de bolsas nos EUA.
O colapso do negócio agrava os problemas da Capri, que no início deste mês divulgou resultados monetários fracos, prejudicados pela queda na receita da Michael Kors. As vendas da Versace, outra marca chave, também despencaram.
A Capri continua confiante no futuro de longo prazo da firma e se concentrará em suas três principais marcas de luxo, que também incluem a Jimmy Choo, disse John Idol, presidente e CEO da Capri. Ele acrescentou que a Capri possui uma forte rede de pontos de venda de luxo globalmente, uma “plataforma digital robusta” e uma extensa rede de atacado.
Analistas afirmaram que acreditam que a Capri pode ter que vender algumas de suas marcas após a fusão fracassada.
A Tapestry está se saindo melhor. Recentemente, aumentou suas previsões para o ano devido à receita melhor do que o esperado na Coach. As ações da Tapestry dispararam quando o negócio foi bloqueado em outubro, já que os investidores estavam preocupados com o potencial ônus da aquisição da Capri.
© 2024 Bloomberg L.P.
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Autor: Bloomberg
