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Treasuries fecham mistos após dado da inflação nos EUA vir acima do esperado

Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) ficaram por mais uma sessão sem sinal único nesta quinta-feira (14), com avanço na ponta curta e recuo nos rendimentos mais longos, em dia que teve como destaques a divulgação da inflação ao produtor nos Estados Unidos e as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) registrou avanço acima do esperado, enquanto o dirigente descartou pressa no corte de juros pelo banco central americano. Como resultado, as expectativas de uma redução de taxas na reunião de dezembro do Fed diminuíram.

Perto do fechamento de Nova York, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,348%, o da T-note de 10 anos cedia a 4,450% e o do T-bond de 30 anos recuava a 4,605%.

O PPI dos Estados Unidos subiu 0,2% em outubro ante setembro, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado veio em linha com a projeção de analistas consultados pela FactSet. Na comparação anual, o PPI avançou 2,4% em outubro. O consenso da FactSet era de aumento de 2,3%.

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Powell afirmou hoje que “parece inteligente” seguir com corte de juros mais lentamente, se os dados permitirem. Durante evento, ele ressaltou que a política monetária está restritiva, mas que há incerteza sobre quão restritiva. O banqueiro central afirmou que a leitura de hoje da inflação ao produtor veio mais alta que o esperado, mas que a trajetória da inflação segue descendente. “A inflação está muito mais próxima do nosso objetivo de 2% de longo prazo, mas ainda não chegou lá”, comentou.

Com os comentários de Powell, as chances de corte de 0,25 ponto porcentual da taxa básica de juros no próximo encontro do Fed, em dezembro, cederam de 72,2% mais cedo para 62,4%, enquanto atribuía-se 37,6% à possibilidade de manutenção, ante 27,8% mais cedo.

A Capital Economics espera que a curva de rendimentos do Tesouro se incline ainda mais durante o próximo ano, mas impulsionada pela queda dos rendimentos de curto prazo, em vez de – como tem sido o caso na sequência da vitória de Donald Trump – pelo aumento dos rendimentos de longo prazo.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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