Fundo Patrimonial da USP e Projeto Genoma fecham parceria para captação de recursos
O Projeto Genoma e o Fundo Patrimonial da Universidade de São Paulo (FPUSP) assinaram um acordo nessa semana com o objetivo de atrair recursos para pesquisas de novos tratamentos médicos.
Segundo o professor Hélio Nogueira, presidente do Conselho de Administração do Fundo Patrimonial da USP, o fundo patrimonial foi formado para constituir reservas de apoio à universidade, e participa de outros projetos da universidade, como a USP Diversa.
A estratégia de captação de investimentos é baseada em doações, com metade dos recursos recebidos direcionados ao Fundo sendo investidos. O financiamento de outras iniciativas da universidade será feito apenas com os rendimentos resgatados.
Já a outra metade, destinada ao Projeto Genoma, será de utilização imediata em suas necessidades. A ideia é que os doadores vão conseguir promover resultados no curto prazo e perenes por meio dessa combinação.
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Inovação na genética
O projeto, liderado pela professora Mayana Zatz, especialista no assunto, vai contribuir para aumentar as pesquisas por tratamentos inovadores no campo da genética. É a primeira parceria de mobilização de recursos do Fundo voltada para a área da ciência e inovação.
Uma das pesquisas que receberá benefícios da parceria será o Projeto 80+, que investiga características genéticas de pessoas idosas que se mantêm saudáveis. O objetivo é “identificar variantes genéticas ‘protetoras’ e mecanismos responsáveis pelo envelhecimento saudável”, disse Mayana Zatz.
Além disso, há mais um estudo que também está sendo desenvolvido no Projeto Genoma, a respeito do Zika vírus, que levou muitas mães a terem filhos com microcefalia.
Os pesquisadores estão usando o fato do Zika vírus destruir células neuroprogenitoras (relacionadas ao cérebro e ao sistema nervoso) para usá-lo no combate a tumores cerebrais.
O Projeto Genoma também inclui outras pesquisas importantes, como a de xenotransplante, que são transplantes de órgãos de animais, especialmente de suínos, em humanos, e estudos genéticos sobre o autismo na população brasileira.
“Essa parceria será muito importante para divulgar o que realizamos e ajudar na captação de recursos para o estudo de novos tratamentos. Temos muita coisa para fazer”, comenta Mayana.
O Fundo Patrimonial da USP foi criado em 2021 e iniciou suas operações em 2023. Hoje, já passa da marca de R$ 18 milhões em captação de recursos que foram aplicados no mercado monetário para gerar rendimentos.
A utilização desses rendimentos apoia seis temáticas: pesquisa e inovação, saúde, inclusão social, infraestrutura, meio ambiente e cultura.
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Autor: Victória Anhesini