Moedas globais: dólar recua de olho na escolha de Trump para comandar Tesouro dos EUA
O dólar operou em baixa nesta segunda-feira (25) ante a maioria das moedas, em uma reação à escolha de Donald Trump do gestor de fundos de hedge e seu conselheiro econômico, Scott Bessent, para comandar o Departamento do Tesouro em seu retorno à Casa Branca. Na visão de analistas, o alívio com o aspecto fiscal trazido pela decisão serviu como uma oportunidade de realização de lucros com o dólar, que vinha sendo impulsionado desde a eleição de Trump.
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O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em queda de 0,69%, a 106,817 pontos. Perto do fechamento de Nova York, o dólar recuava a 154,13 ienes, euro operava quase estável, a US$ US$ 1,0400, e a libra avançava a US$ 1,2571.
“O dólar foi vendido depois que Bessent foi escolhido como secretário do Tesouro”, aponta o BBH, que acredita que os mercados simplesmente usaram as notícias como uma desculpa para realizar lucros em posições longas em dólares, uma vez que o Trump Trade permanece vivo e bem sob Bessent. “Quando esta onda de realização de lucros terminar, o dólar deverá atingir novas máximos. O DXY foi negociado em baixa pela primeira vez desde terça-feira passada”, indica.
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“Embora já tenhamos percorrido um longo caminho, esperamos que esta recuperação do dólar continue após esta correção. Estamos firmes na nossa crença de que a forte história fundamental dos EUA continua a favorecer rendimentos mais elevados dos Treasuries e um dólar mais forte”, afirma o banco. “As políticas que Bessent está priorizando apoiarão esta narrativa e não a inviabilizarão. Os preços de mercado do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) já foram ajustados, o que está a dar um enorme impulso ao dólar”, analisa.
O dólar ampliou queda após o índice de atividade nacional dos Estados Unidos elaborado pelo Fed de Chicago demonstrar baixa em outubro.
Na zona do euro, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Gabriel Makhlouf afirmou hoje que os juros estão em trajetória descendente, mas admitiu incertezas sobre o ritmo de cortes em um ambiente econômico nebuloso.
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Autor: Estadão Conteúdo