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Ibovespa hoje abre mês sem fôlego com novas ameaças externas e cautela fiscal; veja o que o investidor deve monitorar

O Ibovespa hoje abriu em estabilidade, com leve alta de 0,02%, aos 125.693 pontos nesta segunda-feira (2). A abertura de negócios ocorre de olho em novas apostas para economia pelo boletim Focus – confira aqui a agenda completa da semana.

O primeiro dia útil de dezembro começa com novas ameaças ao desempenho do principal índice da B3 hoje após fechar com queda de 3,12% em novembro.

A queda das bolsas no exterior é o principal risco ao Índice Bovespa hoje diante de preocupações com a gestão de Donald Trump em meio a novas ameaças de mais tarifas comerciais. Nem mesmo a alta das commodities pode impulsionar o índice hoje.

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Nesta manhã, a XP Investimentos reduziu sua estimativa para o Ibovespa de 150 mil pontos para 145 mil em 2025. Em relatório, cita que os desafios macro permanecem no Brasil, com uma inflação crescente e expectativas inflacionárias desancoradas, que devem levar o Banco Central (BC) a aumentar os juros de forma significativa.

O que movimenta o Ibovespa hoje

Boletim Focus

A mediana do boletim Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu de 4,63% para 4,71%, acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, a projeção era de 4,59%. Considerando apenas as 72 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 4,64% para 4,82%.

A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o Banco Central (BC) terá descumprido o alvo.

A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 continuou em 11,75% pela nona semana seguida. Mas a estimativa intermediária das 62 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis subiu de 11,75% a 12,00%, indicando que a expectativa de um aumento de 0,75 ponto porcentual nos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 11 de dezembro, está crescendo no mercado.

A percepção de que o Banco Central terá de acelerar o ritmo do aperto monetário se fortaleceu na semana passada, após a frustração do mercado com o pacote de ajuste fiscal apresentado pelo governo.

Bolsas internacionais

Os mercados internacionais estão em alerta após nova onda de ameaças de mais tarifas comerciais pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, desta vez mirando os países emergentes dos Brics (sigla que representa o bloco de países formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Com isso, as moedas emergentes e ouro caíam diante da escalada do dólar – veja as perspectivas para a moeda americana aqui.

Na Europa, a Bolsa de Paris opera em baixa e os juros dos títulos da dívida da França, em forte alta, ampliando o spread (sobretaxa) com o equivalente da Alemanha, em meio ao impasse sobre o orçamento. Nesta segunda-feira, o líder da extrema-direita, Jordan Bardella, sinalizou intenção de deflagrar uma votação para derrubar o governo do primeiro-ministro francês, Michel Barnier.

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Na China, os PMIs industriais apurados pela S&P Global e NBS ficaram acima do esperado. Para a Capital Economics, os números indicam que a segunda maior economia do planeta segue ganhando ímpeto.

Commodities

minério de ferro fechou em alta de 1,26% em Dalian, cotado a 806 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 111,28. O petróleo também opera no positivo – 1,10% WTI, e 1,28% Brent – em meio à expectativa para a reunião dos países exportadores reunidos na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que acontece na próxima quinta-feira (5). Dados de atividade positivos na China também ajudam a impulsionar a commodity.

Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de firmas não americanas) da Vale (VALE3) caíam 0,10% no pré-mercado de Nova York, por volta das 10h05 (de Brasília). Enquanto isso, os ADRs da Petrobras (PETR3PETR4) cediam 0,56%.

  • Confira aqui a agenda completa das firmas nesta segunda-feira

Mercado brasileiro

mercado hoje pode aproveitar para corrigir um pouco das fortes perdas da semana passada. As ameaças de Trump sobre tarifas aos Brics podem limitar ganhos.

Na sexta-feira (29), o dólar engatou o quarto pregão seguido de alta, fechando a R$ 6,00 pela primeira vez na história. Os juros futuros também subiram e ganham força as apostas de um choque nos juros, com Selic terminal perto de 15%, a 14,95%, diante da escalada do risco fiscal.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na sexta-feira (29) que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil é um compromisso de campanha de Lula e reafirmou que a proposta só será discutida em 2025. A proposta de ampliação da isenção do IR representa um impacto de R$ 35 bilhões, que será compensado, em parte, pela taxação de rendas superiores a R$ 50 mil por mês, e que ficam no radar do Ibovespa hoje.

*Com informações do Broadcast

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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