Para agro interessa acesso à Ásia, Europa é vitrine, diz Marcos Jank ao WW sobre Mercosul-UE
O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) tem objetivo de tornar ambos os mercados mais abertos um ao outro.
Olhando para este cenário, Marcos Jank, coordenador do Inpser Agro Global, aponta ao WW que a “Europa é uma vitrine super importante” para o agronegócio brasileiro, por conta da qualificação do seu mercado e exigência do consumidor.
Jank reforça que o mais importante, em termos de volume, é o mercado asiático. Com US$ 166,55 bilhões em vendas, o agro brasileiro foi responsável por 49% da pauta exportadora de 2023, de acordo com dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Do montanto de quase R$ 170 bilhões, cerca de 40% dos envios foram endereçados à China. Quando o assunto é soja – carro-chefe das vendas brasileiras-, 86,5% das compras foram chinesas.
“Hoje, em termos de volume, o que nos interessa é acesso na Ásia. Além da China, a gente quer ampliar acesso no Japão, Coréia do Sul e Sudeste da Ásia. É lá onde temos mercado”, diz Jank.
Em 2000, pouco depois de quando as tratativas sobre o acordo começaram, a Europa comprava 50% dos US$ 20 bilhões que eram vendidos pelo agronegócio. Hoje, a fatia europeia equivale a 15% do total de vendas agrícolas.
“Essas ‘cotinhas’ que estão aí são boas. Mas o mais importante é todo o processo, que vai permitir maior integração das cadeias de suprimento e de valor, e isso é muito importante”, avalia o professor do Insper.
“Mesmo dentro do agro, tem uma área que nós temos muito o que aprender com a Europa que é a parte de produtos de valor adicionado. A França está chiando com as nossas cotas, mas a França é um grande exemplo de valor adicionado, que eles são excelentes. Acho que existe uma troca que pode ser muito positiva.”
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Autor: joaonakamura