Grupo Primo discute IPO, mas vê chance zero neste momento, “com o mercado como está”
O especialista em investimentos e educador monetário Bruno Perini conta como sua trajetória firmarial evoluiu desde o seu encontro decisivo com Thiago Nigro, em 2020, que deu origem ao Grupo Primo.
“O influenciador, tanto no meu caso quanto no do Thiago, não possui uma estrutura firmarial sólida. Ele pode ter um excelente desempenho, mas, ao tentar vender, percebe que sua marca é excessivamente dependente de sua imagem”, explica Perini, que participou do episódio 266 do programa Stock Pickers, com apresentação de Lucas Collazo e Henrique Esteter.
Menos dependência
Quando se juntou a Thiago Nigro, Perini diz que a ideia era “criar e comprar outros negócios”. Eles lançaram incialmente três plataformas de educação por assinatura: finanças, marketing e desenvolvimento pessoal. A de finanças ele mantém até hoje e tornou-se um grande sucesso.
Mas resolveram se expandir, conectando a origem educacional em finanças, com a prática. Assim, adotaram um modelo de consultoria para recomendação de investimentos a clientes e, junto com isso, criou produtos de investimentos, que pertencem a Grão Investimentos, gestora com R$ 1 bilhão sob custódia.
“O Grupo Primo hoje está deixando de ser uma firma só de educação, como era antes, para virar uma firma do segmento monetário, com um bom valuation”, diz Perini.
Educação e finanças
“Quando a gente olha as firmas de educação na bolsa, elas valem pouco e as financeiras são algumas das mais valiosas. Então, a gente tem um serviço que o cliente, vendo valor, pode ficar com a gente por 10, 20 anos”, afirma.
Nesse cenário de crescimento dos negócios, o IPO (Oferta pública de ações, na sigla em inglês) acabou entrando no radar do Grupo Primo.
“É uma discussão que a gente já teve (sobre IPO). Mas, obviamente, da maneira como o mercado está está a chance (agora) é zero.”
“Não quero fazer um IPO, mas se o mercado quer muito, eu posso mudar de ideia”, diverte-se. “Já brinquei que em 2027 tem que estar pronto para fazer IPO. Se vai fazer ou não é outra história. Mas gostaria de ter essa experiência”, afirma.
“Não é uma hipótese que a gente descarta, mas para fazer só se o mercado quiser pagar um valor muito bom na firma. Do contrário, fica lá, não tenho pressa. Mas eventualmente o mercado pode ter uma janela boa”, diz.
Bruno Perini lançou em novembro seu primeiro livro intitulado “Em Nome do Povo: Como o Casamento Entre Estado e Moeda te Deixa Mais Pobre”.
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Autor: augustodiniz