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Por que ações da Americanas (AMER3) tombam mais de 7% hoje?

As ações da Americanas (AMER3) estão entre as principais baixas do mercado brasileiro nesta quarta-feira (11). Às 15h48, os papéis da firma tombam 7,26% cotados a R$ 8,82. Ao longo do pregão, já oscilaram entre máxima a R$ 9,50 e mínima a R$ 8,68.

O movimento ocorre no dia em que foi realizada a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberação, entre outros temas, de uma proposta de ação de responsabilidade civil contra ex-executivos apontados como responsáveis pela fraude contábil da companhia, anunciada no início de 2023. Os acusados são Miguel Gutierrez, Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles, ex-diretores da varejista.

Em comunicado divulgado ao mercado, a firma informou que a proposta de abertura da ação foi aprovada pela maioria dos acionistas presentes na AGE. Foram computados 139.866.231 votos favoráveis à medida, 6.840 votos contrários e 5.400 abstenções. De acordo com a companhia, a decisão de dar aval ao processo ocorre em razão dos “prejuízos causados à Americanas no contexto da fraude contábil e dos demais atos ilícitos praticados durante o exercício social findo em 31 de dezembro de 2022”.

Balanço da Americanas surpreende o mercado

A firma surpreendeu o mercado em novembro ao reportar um lucro de R$ 10,279 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O volume reverte o prejuízo de R$ 1,63 bilhão registrado no balanço referente ao mesmo período de 2023. Conforme mostramos nesta reportagem, os números da Americanas no 3º tri refletem o processo de novação de dívida, mecanismo jurídico de reestruturação das pendências financeiras.

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Nos últimos 30 dias, as ações da firma apresentam ganhos de 153,03%, acumulando uma alta de 6,17% só no mês de dezembro. Em 2024, porém, o resultado ainda é negativo, com os ativos registrando baixa de 90,35%, segundo dados coletados no Broadcast.

Apesar da boa performance recente, os ganhos da Americanas não são suficientes para recuperar os prejuízos que os investidores tiveram com o papel ao longo deste ano e desde a descoberta da fraude contábil. De acordo com os cálculos apresentados nesta reportagem, os ativos da firma precisariam subir cerca de 1.083,36% para retornar ao mesmo patamar do fim de 2023, quando estavam sendo negociados a R$ 91.

Já para que as ações da Americanas voltassem à cotação referente ao pregão do dia 11 de janeiro de 2023, um dia antes da repercussão do anúncio da fraude contábil, a valorização deveria ser em torno de 15.504,68%.

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Autor: Beatriz Rocha

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