Como juntar dinheiro em 2025? Veja dicas para colocar em prática
Juntar dinheiro pode ser um desafio para quem não tem o hábito de economizar e, principalmente, no caso de pessoas que têm que lidar com dívidas.
Mas, ao contrário do que parece, cuidar das finanças pessoais não é um bicho sem pé nem cabeça. Basta algumas mudanças na rotina e na forma de consumir, além de ter determinação.
A seguir, confira sete dicas para começar a organizar a vida financeira de forma mais eficiente.
1 – Anote todos os gastos
Segundo Eliane Tanabe, planejadora CPF certificada pela Planejar e fundadora da assessoria Splendys, o primeiro passo para juntar dinheiro é o mais elementar: listar tudo o que se ganha e o que se gasta.
“Tem gente que me procura para fazer um planejamento monetário e não tem noção de como gasta o dinheiro. Em casos assim, é preciso voltar um passo antes do planejamento, que é a educação financeira em si”, avalia a especialista.
Ao listarmos todos os gastos do orçamento, conseguimos identificar se alguns deles são ineficientes. Por exemplo, assinaturas de streamings, jornais e revistas com baixa utilização, cursos pagos que não são feitos, academias não frequentadas e assim por diante.
“Muitas pessoas se inscrevem em cursos online e nem chegam a assistir às aulas iniciais. Acabam pagando prestações acessíveis, mas não se beneficiam do conteúdo, nem profissional nem pessoalmente, e desperdiçam um dinheiro que poderia ser utilizado em uma viagem ou em outras formas de lazer”, alerta Eliane.
Ao anotar os gastos, você sabe exatamente para onde o dinheiro está indo e consegue identificar potenciais de economia. Analise suas despesas e veja se há alguma categoria em que você pode cortar os gastos para juntar dinheiro.
2 – Determine objetivos e estabeleça prazo para alcançá-los
Depois de listar os gastos e identificar o que se pode excluir, o próximo passo é determinar o que se vai fazer com o dinheiro. E é importante que isso seja feito considerando prazos específicos, pois há objetivos que precisarão de mais ou menos tempo para serem alcançados.
Uma forma de fazer isso é definindo limites para o curto, médio e longo prazo. Por exemplo, podemos considerar o período de até dois anos como curto prazo; de três a cinco anos como de médio prazo; e a partir de cinco anos, seriam os planos de longo prazo.
Essa divisão é muito importante para orientar os investimentos, conforme veremos a seguir.
3 – Atenção na escolha dos investimentos
Investir de forma inadequada também pode atrapalhar bastante na hora de juntar dinheiro. Além de buscar ativos em linha com o perfil de investidor, é muito importante equalizar os investimentos ao longo do tempo.
Por exemplo, no curto prazo, a prioridade sempre deve ser a reserva de emergência. Logo, os principais atributos dessas aplicações devem ser segurança e liquidez, mesmo que isso venha a sacrificar alguma rentabilidade.
Com a reserva de emergência formada, já se pode pensar em diversificação no médio e longo prazo. Aqui, já entram investimentos com prazo fixo de resgate e modalidades mais arrojadas e potencialmente mais rentáveis, de acordo com cada perfil de risco.
Outro problema em relação aos investimentos é não acompanhar a carteira ao longo do tempo. Pode até ser que as escolhas tenham sido feitas corretamente, mas é preciso considerar que tanto o cenário econômico quanto o contexto pessoal mudam de tempos em tempos.
Oscilações da inflação e da taxa de juros, por exemplo, atingem em cheio a performance dos ativos. Dependendo de cada momento da economia, pode ser preciso que ocorra alguma substituição na carteira. E situações pessoais como casamento, separação, filhos, mudanças profissionais também podem exigir um novo olhar sobre os investimentos.
LEIA TAMBÉM: Como começar a investir: um guia para dar os primeiros passos rumo à independência financeira
4 – Cuidado ao renegociar dívidas!
A renegociação pode ser uma boa alternativa para quem perdeu o controle monetário e se endividou além da conta. Porém, é preciso fazer da forma certa para que ela não venha a ser um problema ainda mais grave no futuro, como alerta Eliane Tanabe.
“Salvo em casos específicos – como os feirões da Serasa ou condições especiais oferecidas pelos credores – a renegociação acaba aumentando a dívida. Por isso, não é um recurso para ser utilizado constantemente, com o objetivo único de ganhar mais prazo para pagamento”, observa a especialista.
5 – Tenha um gerenciador monetário
Um gerenciador monetário é uma ferramenta muito útil para ter uma visão geral das suas finanças e controlar com exatidão receitas e gastos. Use o sistema a seu favor para anotar suas despesas, ver quanto gastou e quanto pode economizar.
O InfoMoney disponibiliza gratuitamente uma planilha para o controle de gastos pessoais: basta deixar o email abaixo para recebê-la.
6 – Olhe para questões tributárias
Muitas vezes, é possível economizar com um simples planejamento tributário. Por exemplo, investir em uma previdência privada para deduzir despesas do Imposto de Renda, ou mesmo pagar antecipadamente tributos como IPVA e IPTU para obter desconto pode fazer uma boa diferença no orçamento pessoal e familiar.
7 – Considere buscar auxílio profissional
Por mais simples que possa ser, todo planejamento monetário dá um certo trabalho, pois demanda tempo para traçar a estratégia e acompanhar os resultados. Por isso, contar com um profissional qualificado pode facilitar a vida financeira.
Segundo Eliane Tanabe, o planejador monetário é um apoio para fazer a manutenção da saúde financeira pessoal e familiar.
“Nosso trabalho começa a partir de um diagnóstico, no qual avaliamos diferentes pilares da vida financeira, e também aspectos comportamentais. Não se trata de proibir gastos, mas sim de ajudar as pessoas na realização de projetos, dando mais velocidade e eficiência no alcance dos objetivos”, explica a especialista.
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Autor: Equipe InfoMoney