Apesar das chuvas, produção de cana será menor devido à seca de agosto, diz analista
A melhora do clima para a agricultura desde outubro até agora, com chuvas consistentes no Brasil, tem ancorado uma perspectiva de safra maior no país para o ano que vem, de acordo com Samuel Isaak, analista de commodities da XP, que participou nesta quarta (18) do programa Morning Call da XP.
Mas, por outro lado, ele afirma que projeções para a cana-de-açúcar de abril de 2025 até março de 2026 são de queda da safra.
“Os canaviais sofreram com as queimadas entre a agosto e setembro no Sudeste. Esse período extenso, com falta de chuvas, comprometeu a expansão e área de plantio no ano que vem, limitando a produtividade, mesmo com as chuvas recentes”, disse.
Queda de 2,5%
A queda da safra pode chegar a 2,5% para a commodity na região Centro-Sul, de acordo com relatório da XP apresentado pelo analista. “Apesar disso, a gente tem expectativa de um aumento no mix de açúcar”, explicou. Nesse caso, as usinas devem se concentrar mais na produção do açúcar do que o etanol por conta do preço mais favorável do primeiro.
Ele também comentou sobre as proteínas animais. “O câmbio elevado tem mantido as exportações muito competitivas frente ao consumo doméstico, mesmo com a alta da proteína que vem acontecendo nos últimos meses”, disse.
De acordo com relatório da XP, a cotações do boi estão mais estáveis em dezembro após reajuste de novembro, mas a escalada de preços segue impactando preços no varejo e na exportação. O documento relata que os preços médios da carne exportada subiram 1,4% na parcial de dezembro.
Samuel Isaak explicou que o consumo doméstico da carne no Brasil, com as festas de final de ano, aumentou, mas já foi toda vendida ao varejo pelo atacado. Assim, já não há expectativa de movimentação de preço da commodity até pelo menos a virada do ano.
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Autor: augustodiniz