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Este é o valor que você gasta por ano com a sua casa

Bancar uma casa no Brasil exige mais do que o desejo de independência: é necessário planejamento monetário para evitar que o sonho de ter um espaço próprio se transforme em um pesadelo econômico.

As despesas com aluguel, alimentação, transporte e serviços essenciais podem consumir uma grande parcela da renda mensal. Um levantamento ilustra os custos envolvidos e a renda necessária para viver com qualidade.

O agrônomo Ruan Lessa, de 27 anos, ainda mora com os pais enquanto acumula uma reserva de emergência. “Estou estruturando um valor suficiente para bancar o caução de aluguel, comprar a mobília e fazer uma pequena reforma caso seja necessária”, diz ele, destacando a importância de se planejar para cobrir esses custos iniciais.

Qual o custo de manter uma casa por ano?

De acordo com uma análise feita ao E-Investidor, pelo planejador monetário Tiago Almeida, da FIDUC, o custo para manter uma residência mensalmente, para quem mora sozinho, é de aproximadamente R$ 5.137,88 por mês de renda líquida mínima, ou seja, R$ 61.654,56 por ano. Essa estimativa inclui despesas fixas e um fundo de reserva equivalente a 20% da renda.

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Somente o aluguel, que representa uma das maiores despesas, pode chegar a R$ 1.725,25, considerando um imóvel de 45m² e o custo médio do metro quadrado no Brasil, segundo o FipeZAP+. Já a alimentação, baseada no valor da cesta básica em São Paulo (R$ 791,82), eleva a despesa mensal para R$ 2.522,07.

Outros custos fixos incluem luz (R$ 100), internet (R$ 150) e condomínio (R$ 200), que abrangem água, gás e IPTU. Transporte é outro fator importante: quem utiliza transporte público gasta cerca de R$ 264 mensais, mas, para quem prefere o carro, as despesas podem se igualar ao custo do aluguel devido a gastos com seguro, estacionamento e combustível.

Para manter um padrão de vida equilibrado, Almeida sugere reservar R$ 750 mensais para lazer e R$ 300 para despesas médicas. Assim, o custo total de morar sozinho alcança R$ 4.281,57. Adicionando o fundo de reserva, o valor sobe para R$ 5.137,88.

“Nesse orçamento deixamos de fora despesas com imprevistos que acontecem anualmente e o quanto deve guardar para aposentadoria e novos sonhos. Todos esses itens devem ser respeitados e jamais subtraídos”, afirma Almeida. Segundo ele, a inflação também deve ser levada em conta, pois pode impactar os custos no médio prazo.

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É importante ressaltar que os valores apresentados representam uma média nacional, mas podem variar conforme a região e o estilo de vida. Em cidades como São Paulo, por exemplo, os gastos com moradia por ano tendem a ser mais elevados, principalmente devido aos preços de aluguel e serviços.

Colaborou: Gabrielly Bento.

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Autor: Jéssica Anjos

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